“Acho que quanto mais jogadores estiverem à disposição do treinador, melhor será para todo mundo. Sem dúvida que é um jogo em que todos querem estar para jogar. Vai ser um jogo muito difícil, muito forte, então tenho que estar 100%”, disse o meia-atacante cruzeirense. “Agora é pegar ritmo. Joguei por 15 minutos contra o Palmeiras, e agora terei quatro dias para treinar bem. O mais importante para mim é voltar a jogar sem sentir dor e ajudar o time”, acrescentou.

Arrascaeta se lesionou nos minutos finais do empate com o Internacional por 0 a 0, dia 2 de setembro, no Mineirão, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Examinado ao se juntar à delegação do Uruguai, ele teve diagnosticada lesão grau um no reto femoral da coxa esquerda e retornou a Belo Horizonte para realizar tratamento. A recuperação foi meteórica, e o camisa 10 apareceu entre os titulares na vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, pelo primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, em 12 de setembro. Um trauma muscular ocasionado por dividida com o lateral-direito Mayke e o goleiro Weverton fizeram o uruguaio voltar ao departamento médico.

Sem o meio-campista, cujas principais virtudes são a velocidade e a habilidade, o Cruzeiro pouco criou contra o Boca Juniors na Bombonera, em Buenos Aires, no dia 19 de setembro, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Chance clara somente a 1min do segundo tempo, após assistência de Robinho para Rafinha, que tirou do goleiro Andrada e só não marcou porque o volante Wilmar Barrios cortou a bola com um carrinho em cima da linha. A Raposa, que perdia por 1 a 0 – gol de Mauro Zárate –, teve Dedé injustamente expulso aos 29min do segundo tempo e, com um homem a menos, sofreu o segundo gol, aos 36min, em finalização de Pablo Pérez: 2 a 0.

Em função do revés na Argentina, o Cruzeiro deverá enfrentar um paredão defensivo montado por Guillermo Barros Schelotto, técnico do Boca Juniors. A criatividade e o repertório de dribles de Arrascaeta podem ser armas para desvencilhar da marcação adversária. Na opinião do uruguaio, será necessário ter paciência diante de um time argentino que promete ser competitivo.

“O Boca tem jogadores de muita qualidade. O time deles fica fechado, então tem que ter muito cuidado com os caras que são velozes por fora. Vamos preparar o jogo, com nosso treinador, de como será a nossa postura. Se vamos sair para atacar, para buscar o gol. Temos que ter paciência. É no momento certo que vamos tentar fazer dois gols, para ir para os pênaltis, ou três, para tentar a classificação”.