Mano Menezes espera que o Cruzeiro encontre um clima de um jogo normal no Pacaembu, sem consequências pela briga entre os atletas dos dois clubes na quarta-feira, no Mineirão, pela Copa do Brasil. Depois do apito final, houve tumulto, agressões e três jogadores foram expulsos: os palmeirenses Diogo Barbosa e Mayke e o cruzeirense Sassá.
”Acho que, se o discurso for coerente, externo e internamente, acho que a coisa morre aí, né? São coisas que acontecem, a gente não quer que aconteça, mas às vezes os ânimos, a tensão, esse significado todo que a vitória tem, o peso de passar e ser eliminado, às vezes fazem com que as coisas saiam do limite, como passaram. Mas não tem sentido, não temos nenhum tipo de ranço guardado, foi uma coisa circunstancial. Pelo menos na minha opinião. Se o discurso interno for o mesmo do discurso externo, será um jogo de futebol normal”, disse o treinador do Cruzeiro.
O “discurso” citado por Mano provavelmente diz respeito à entrevista coletiva do técnico palmeirense Luiz Felipe Scolari após o jogo de quarta, em Belo Horizonte. Na ocasião, ele disse que o time do Cruzeiro seria bem recebido no Pacaembu.
Fred e Arrascaeta nos planos
Sobre o time, as novidades podem ser as presenças de Fred e Arrascaeta por alguns minutos. “Vamos conversar, tomando decisões sobre Fred e Arrascaeta. É bem provável que sim, é bem provável que levaremos os dois”.
Fred retornou aos treinos no dia 10 de setembro, cinco meses e 16 dias depois de romper o ligamento cruzado anterior e um ligamento secundário do joelho direito em jogo contra o Tupi, pelo Campeonato Mineiro.
Tudo indica que Raniel iniciará a partida no ataque, e Fred será alternativa para a reta final. Mas a decisão seria tomada após uma conversa com o jogador. “Primeiro, falo pro jogador, depois falo pra imprensa, senão o negócio fica complicado. Imagina o meu jogador está lá treinando, abre o site no telefone e ‘Mano diz que eu vou jogar’. ‘O Mano não falou nada’. Como você sabe, ontem (quinta-feira) dei um pulinho no sorteio (da Copa do Brasil) e hoje (sexta) vou voltar a conversar com jogadores e vou decidir isso”, explicou Mano.
O retorno do centroavante de 34 anos será controlado, justamente para evitar problemas de readaptação ao ritmo de jogo. “É questão de condicionamento. Ele já fez um treino de 60 minutos (quinta-feira), terminou cansado, naturalmente cansado. Vamos ver a reação, como o jogador reage. Porque esses primeiros momentos são assim, para cada jogador é um pouco diferente. Isso é que está pesando nessa hora, não tem mais limitação nenhuma. É só questão de condicionamento, de ritmo, para fazer o que ele está acostumado. A tendência do jogador é buscar fazer o que ele sempre fez. Está guardada na matriz construída anos e anos. Quando ele não tem o condicionamento ideal, às vezes o risco é maior”, disse Mano.
Por sua vez, Arrascaeta ficou fora dos jogos contra o Boca Juniors, em Buenos Aires, pela Copa Libertadores, e diante do Palmeiras, pela Copa do Brasil, devido a um incômodo na coxa esquerda. Neste domingo, em São Paulo, deve atuar alguns minutos para ganhar ritmo para o duelo de volta contra os argentinos, na quinta-feira, no Mineirão. No começo do jogo, o responsável pela armação deve ser Mancuello.
”Mancuello já começou a voltar a render bem, passou por um período em baixa, agora já está recuperando a confiança, a força física, mas agora as coisas estão ficando normais e o resto vai indo bem”, disse Mano nesta sexta-feira.
Novidade também na defesa?
Novidade também na defesa?
O zagueiro Murilo não treinou na quinta e nesta sexta por conta de uma contusão no ombro, sofrida diante do Santos, no domingo passado, e não deve atuar na zaga ao lado de Manoel. Cacá, de 19 anos, é a opção.
O provável time para o jogo de domingo pela manhã é Rafael; Ezequiel, Manoel, Cacá (Leo) e Marcelo Hermes; Éderson e Ariel Cabral; Bruno Silva, Mancuello e David; Raniel (Rafael Sobis).