A noite dessa quarta-feira foi especial em dose dupla para o zagueiro Dedé. Além da classificação do Cruzeiro para a decisão da Copa do Brasil, depois do empate por 1 a 1 com o Palmeiras, no Mineirão, o camisa 26 recebeu a notícia de que teve a suspensão na Copa Libertadores anulada pela Conmebol. Assim, ele estará à disposição de Mano Menezes para o jogo de volta das quartas de final do torneio sul-americano, contra o Boca Juniors, em 4 de outubro, no Gigante da Pampulha.
“Estou feliz. Foi justo. Pelo fato de um lance que todos viram que não foi maldoso, foi maldoso da parte do juiz. É um erro grave, todo mundo foi contra a decisão dos árbitros. Eu acho que, graças a Deus, a justiça foi feita e eu vou poder jogar essa ‘final’”, comemorou Dedé.
O caso do defensor celeste foi julgado pelo Tribunal de Disciplina da Conmebol. Segundo a nota divulgada no site entidade, foram “anulados os efeitos jurídicos da expulsão do jogador Anderson Vital da Silva, na partida disputada no dia 19 de setembro de 2018, entre as equipes Boca Juniors e Cruzeiro, em consequência, o jogador se encontra habilitado para a seguinte partida da Conmebol Libertadores”.
Dedé contou como recebeu a notícia de que poderia atuar contra o Boca e elogiou o trabalho da diretoria celeste para conseguir a liberação. “Itair chegou em mim e falou que fui absolvido. Preciso agradecer muito o empenho de toda diretoria, presidente, Benecy, Itair, junto com nossos advogados, que fizeram um esforço para eu participar desta ‘final’. É a segunda vez que eles fazem um esforço enorme para que eu possa jogar. (...) Eu só tenho que agradecer, até pelo meu caso das lesões. Eles se esforçaram com o doutor Campolina, enfim. Estou feliz demais. A justiça foi feita”, finalizou.
A expulsão
Dedé recebeu o cartão vermelho do árbitro paraguaio Eber Aquino após atingir, sem intenção, com uma cabeçada, o goleiro Andrada, do Boca, aos 24 minutos do segundo tempo. O juiz tomou a decisão após analisar as imagens do árbitro de vídeo, o VAR.
As imagens mostraram claramente que Dedé atingiu Andrada num lance casual de disputa de bola aérea, sem qualquer má intenção. Apesar disso, a interpretação do árbitro foi diferente. Com um a menos em campo, o Cruzeiro levou o segundo gol, perdendo a partida por 2 a 0. O caso gerou grande repercussão mundial.
Com a decisão da Conmebol, o defensor terá condição de jogo na partida de volta, no dia 4 de outubro, no Mineirão. O Boca pode até perder por um gol de diferença que estará assegurado nas semifinais da Copa Libertadores.
Se perder por dois gols de diferença (3 a 1, 4 a 2), mas marcar ao menos um gol em Belo Horizonte, o Boca também avançará. Na Libertadores, os gols como visitante são critério de desempate.
