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COPA DO BRASIL

Confusão e agressões no fim resultam em expulsões de dois jogadores do Palmeiras e de Sassá, do Cruzeiro

Cruzeiro perde Sassá para a decisão contra o Corinthians

Redação
Confusão depois da partida terminou em quatro expulsões, três do Palmeiras e uma do Cruzeiro - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
Tão logo o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras foi encerrado, no Mineirão, nesta quarta-feira, jogadores dos dois times se envolveram numa confusão no gramado e houve agressões de lado a lado. Ajudado pelo árbitro de vídeo Anderson Daronco (FIFA/RS), o árbitro principal Wagner do Nascimento Magalhães (FIFA/RJ) expulsou Diogo Barbosa e Mayke, do Palmeiras, e também Sassá, do Cruzeiro.




No fim do jogo, uma disputa de bola entre o zagueiro Leo, do Cruzeiro, e o volante Felipe Melo, do Palmeiras, teria dado início ao tumulto. Os dois jogadores trocaram pedidos de desculpas, mas quem estava fora do lance levou o choque a sério.

O lateral-esquerdo Diogo Barbosa, do Palmeiras, teria agredido o volante cruzeirense Lucas Romero na sequência. O argentino reagiu e foi perseguido por vários atletas do clube paulista.

Depois de um início de correria e perseguição a Romero, o lateral Mayke agrediu o zagueiro Leo com alguns socos. De repente, ele foi surpreendido por Sassá e levou um soco em cheio no rosto.

Quando o tumulto parecia controlado, o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães (FIFA/RJ) contou com auxílio da equipe de vídeo e deu cartão vermelho ao atacante cruzeirense Sassá e confirmou as expulsões dos palmeirenses Diogo Barbosa e Mayke.

No caminho para os vestiários, Mayke e Sassá voltaram a se estranhar (veja vídeo abaixo) e foram contidos por seguranças.


Os jogadores expulsos devem ser denunciados pela Procuradoria ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e podem pegar ganchos por conta das imagens de televisão. Sassá, a princípio, desfalcará o Cruzeiro no primeiro jogo da final, contra o Corinthians, no dia 10 de outubro.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sorteará os mandos nesta quinta-feira, às 14h30, na sede da entidade, no Rio de Janeiro. O segundo duelo da decisão será em 17 de outubro.

Depoimentos de alguns jogadores e dos técnicos envolvidos:

Felipe Melo, do Palmeiras

Eu acho que o Leo foi inconsequente no lance, eu fui pegar a bola com a mão e ele veio por cima. Não sei se fui agredido ou não.
Logo depois, o Sassá covardemente agrediu o Mayke.


Leo, do Cruzeiro


Na verdade, cabeça quente. A gente tentou dividir, separar, os caras esquentam a cabeça, a gente tentou tirar o Mayke, Felipe Melo, para acabar tranquilo, na paz.

Lucas Silva, do Cruzeiro

No final, nervos à flor da pele. É semifinal da Copa do Brasil, e durante a partida sempre há discussão, se foi falta, se não foi, se a bola saiu. Na hora ali, já tinha algumas discussões, hora que o juiz encerrou a partida houve empurrão ali. Não vou querer citar nome para evitar mais confusão. Houve desentendimento, mas normal, natural, tem muitos jogadores lá que nós conhecemos. Enfim, nada de mais, normal, digno de um grande jogo.

Luiz Felipe Scolari, técnico do Palmeiras

O Mayke levou um soco. Só coloquem a imagem. E a do Felipe Melo sendo agredido sem revidar. Tem determinadas situações que espero que a imprensa não coloca como vilão. Fez, assume o erro. Acho absurdo, o Cruzeiro ganhou, classificou e não adianta brigar nem de um lado nem de outro. Nós não iniciamos nenhuma briga.
Depois olhem quem começou a briga. Que domingo esqueçam o que aconteceu aqui, por favor. Vamos melhorar o que tem para melhorar e pronto.


Mano Menezes, técnico do Cruzeiro

Não tem sentido pensar diferente. Já é lamentável o ocorrido no fim do jogo. Não aconteceu nada na partida que se justificasse qualquer tipo de reação diferente de A ou B. Quando existe uma confusão dessas, não tem certo e errado. Os dois lados estão errados. Então vamos deixar aí. Teremos uma boa oportunidade de mostrar isso no domingo. Eles como mandantes, vamos visitá-los por outra competição, no Campeonato Brasileiro.
E eu espero que as coisas continuem sendo assim, como foi lá e como foi aqui, para que o campo decida quem foi melhor.



De onde eu estava não vi nada, apenas a correria. Mas não sei onde começou e nem o porquê. E também não tratamos esse assunto agora. Comemoramos nossa passagem para a final, vamos conversar com mais calma, vamos analisar as imagens, porque geralmente, nessas horas, todo mundo acha que está certo. Vamos olhar, ver direitinho, e os nossos jogadores que estiverem errados, nós vamos mostrar a importância disso. Tudo que temos que fazer quando chegamos a um segundo ano consecutivo à final é comemorar com o nosso torcedor, como no final nós fizemos.


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