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COPA LIBERTADORES

Conmebol anula suspensão de Dedé, que reforçará o Cruzeiro contra o Boca na Libertadores

Defensor foi injustamente expulso em jogo na Argentina

Tiago Mattar Paulo Galvão Redação
Árbitro Eber Aquino, do Paraguai, errou na interpretação do VAR e expulsou Dedé injustamente - Foto: AFP

 

A Conembol publicou nesta quarta-feira uma nota informando que anulou a suspensão do zagueiro Dedé, do Cruzeiro, que foi expulso injustamente no jogo contra o Boca Juniors, pela ida das quartas de final da Copa Libertadores. Assim, o defensor estará disponível para o confronto de volta, em Belo Horizonte.

 




 

O caso do defensor celeste foi julgado pelo Tribunal de Disciplina da entidade. Segundo a nota divulgada no site da Conmebol, foi “anulado os efeitos jurídicos da expulsão do jogador Anderson Vital da Silva, na partida disputada no dia 19 de setembro de 2018, entre as equipes Boca Juniors e Cruzeiro, em consequência, o jogador se encontra habilitado para a seguinte partida da Conmebol Libertadores”.

 

O documento é assinado pelo vice-presidente do Tribunal de Disciplina, Amarilis Belisario.

Vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado agradeceu a Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, que, segundo ele, mostrou-se favorável a revogar a suspensão do zagueiro.

 

“Agradecemos ao presidente da Conmebol, que é uma pessoa honesta. Ele mesmo se mostrou indignado no dia com o erro do árbitro. Como já haviam feito isso (anular uma suspensão) para um time argentino, foi a vez de fazer para um time brasileiro. É o momento de os clubes brasileiros se unirem para fazer valer os direitos. Que o futebol seja decidido dentro de campo”, disse o dirigente, assim que o ônibus do Cruzeiro chegou ao Mineirão para o jogo contra o Palmeiras, pela semifinal da Copa do Brasil.

“Isso mostrou a força do futebol brasileiro com o novo comando da CBF. Quando a notícia é ruim, todo mundo fala.

Quando é boa, tem que falar também. Mostrou a força do Cruzeiro de bastidores. Nós trabalhamos firmes, nosso presidente amanheceu na porta da Conmebol, usamos a força política até de Brasília. Acho que Minas tem que fazer valer a instituição, tem que ter representatividade”, acrescentou Itair.



A expulsão

Dedé recebeu o cartão vermelho do árbitro paraguaio Eber Aquino após atingir, sem intenção, com uma cabeçada, o goleiro Andrada, do Boca, aos 24 minutos do segundo tempo. O juiz tomou a decisão após analisar as imagens do árbitro de vídeo, o VAR.


As imagens mostraram claramente que Dedé atingiu Andrada num lance casual de disputa de bola aérea, sem qualquer má intenção. Apesar disso, a interpretação do árbitro foi diferente. Com um a menos em campo, o Cruzeiro levou o segundo gol, perdendo a partida por 2 a 0. O caso gerou grande repercussão mundial.


Com a decisão da Conmebol, o defensor terá condição de jogo na partida de volta, no dia 4 de outubro, no Mineirão. O Boca pode até perder por um gol de diferença que estará assegurado nas semifinais da Copa Libertadores. 


Se perder por dois gols de diferença (3 a 1, 4 a 2), mas marcar ao menos um gol em Belo Horizonte, o Boca também avançará. Na Libertadores, os gols como visitante são critério de desempate.


Já ao Cruzeiro caberá vencer por 2 a 0 para levar a decisão para os pênaltis. Se vencer por três gols de vantagem no tempo normal, o time mineiro confirmará sua passagem às semifinais.


Decisão da Conmebol de anular a suspensão de Dedé pela expulsão na partida contra o Boca - Foto: Comebol
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