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Cruzeiro tira lições de mata-matas e não quer jogar apenas 'em cima do resultado' em duelo com o Palmeiras na Copa do Brasil

Em mata-matas anteriores, time quase deixou vaga escapar no Mineirão

Rafael Arruda Tiago Mattar
Vitória nesse domingo sobre o Santos (2 a 1) elevou confiança do Cruzeiro para jogo com Palmeiras - Foto: Leandro Couri/EM D.A Press
O Cruzeiro está em vantagem sobre o Palmeiras nas semifinais da Copa do Brasil por ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, no Allianz Parque, em São Paulo. A partida de volta será nesta quarta-feira, às 21h45, no Mineirão. O time celeste tirou algumas lições de mata-matas anteriores. Na própria Copa do Brasil, por exemplo, conseguiu bom resultado ao bater o Santos por 1 a 0, na Vila Belmiro, porém perdeu em Belo Horizonte, por 2 a 1. A classificação cruzeirense nas quartas de final veio nos pênaltis, graças a três defesas de Fábio e 100% de aproveitamento nas cobranças (3 a 0). Na Copa Libertadores, a Raposa ganhou do Flamengo por 2 a 0, no Maracanã, e foi derrotada por 1 a 0, no Mineirão. Para o meia Robinho, um dos mais experientes da equipe, esses episódios servem de aprendizado ao grupo.

Temos que mudar um pouco a postura. Nesses duelos, jogamos muito em cima do resultado.
Acho que tem que pensar no resultado de fora quando estiver faltando cinco minutos. No primeiro e no segundo tempo, tem que ir para cima e atacar. As três partidas são exemplos. Se não tivéssemos o Fábio, as campanhas teriam ido por água abaixo. Espero que possamos tirar um exemplo muito bom do que aconteceu para não ocorrer de novo”. Outra circunstância em que o Cruzeiro se classificou graças ao resultado fora de casa foi contra o Atlético-PR, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Na ida, o time ganhou por 2 a 1, na Arena da Baixada. Na volta, empatou por 1 a 1, no Mineirão.

Mas se o Cruzeiro não ficará simplesmente na dependência do triunfo em São Paulo, como será a postura nesta quarta? Escalar um time ofensivo que vá em busca do gol ou prezar pelo equilíbrio? “Acho que tem que ter equilíbrio. No meu ponto de vista, não dá para começar o jogo com três atacantes daquela maneira. É complicado, principalmente se o adversário tiver jogadores que tocam a bola no meio-campo. Domingo estávamos perdendo (para o Santos), o Mano precisava fazer mudanças, aí acabou dando resultado (vitória de virada, por 2 a 1). Mas quem entende futebol e joga futebol, sabe que não é fácil jogar com três atacantes enfiados. O time sofre muito.
Tanto que o Fábio fez alguns milagres ali, pela falta de alguém a mais no meio-campo. Mas precisávamos da vitória, nos atiramos para cima. Só que começar daquela maneira é difícil. Eu não começaria. Apenas no decorrer da partida, precisando do resultado, pode ser importante sim”, opinou Robinho.

Candidato a cumprir a função de Thiago Neves, dúvida para o jogo desta quarta em virtude de dores na coxa direita, o meio-campista crê que as dificuldades no Mineirão serão maiores que no Allianz Parque.“Acho que sim. Só pelo fato de estarmos nas semifinais, já é mais difícil. O Palmeiras chegou e está jogando bem. Acho que será muito mais difícil do que foi no Allianz Parque. Os duelos nossos desde 2016 têm sido fortes, têm sido grandes duelos entre nós e o Palmeiras. Tenho certeza que na quarta-feira será mais um grande jogo.
Temos que estar bem preparados, senão eles vêm com tudo”.


O Cruzeiro precisa de um simples empate no Mineirão para avançar à final da Copa do Brasil pela oitava vez. São cinco títulos (1993, 1996, 2000, 2003 e 2017) e dois vice-campeonatos. Já o Palmeiras, que busca sua quarta taça (foi campeão em 1998, 2012 e 2015), necessita de vitória por dois gols de diferença. Se triunfar por um gol, a vaga será definida nos pênaltis. Está em jogo na competição nacional uma premiação de R$ 61,9 milhões, sendo R$ 50 milhões referentes à conquista e R$ 11,9 milhões acumulados nas fases anteriores (oitavas de final, quartas de final e semifinal).

A previsão para esta quarta-feira é de grande público. Até a noite desta segunda, o Cruzeiro comercializou 40 mil ingressos. Restam 12 mil unidades da carga negociada pelo clube, dos setores Roxo Superior, Laranja Superior, Laranja Inferior e Vermelho Superior. A expectativa é de renda bruta de aproximadamente R$ 2,6 milhões.
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