O Cruzeiro formalizou nesta quinta-feira um pedido à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) para que o zagueiro Dedé não tenha que cumprir suspensão no jogo de volta das quartas de final da Copa Libertadores, contra o Boca Juniors, dia 4 de outubro (quinta-feira), às 21h45, no Mineirão. O jogador foi injustamente expulso no duelo de ida, nessa quarta, na Bombonera, onde o time celeste perdeu por 2 a 0. O segundo gol do Boca saiu depois do cartão vermelho mostrado a Dedé.
Na reunião com Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, o Cruzeiro foi representado por seu presidente, Wagner Pires de Sá, e pelo supervisor administrativo, Benecy Queiroz. Eles fizeram questão de demonstrar toda a insatisfação com o árbitro paraguaio Eber Aquino, que expulsou Dedé depois de choque involuntário entre o zagueiro e o goleiro argentino Esteban Andrada. No lance acidental, o camisa 1 do Boca sofreu corte na gengiva e fraturou a mandíbula.
Em contato com o Superesportes, Benecy Queiroz se mostrou na expectativa em ter a demanda atendida, já que Dedé é um dos principais jogadores do Cruzeiro e vive grande momento na parte técnica. “Foi uma reunião muito boa. O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, ouviu nossos argumentos, o que achamos que foi errado no jogo, e pediu para formalizarmos o recurso, o que está sendo providenciado por nosso departamento jurídico”, afirmou.
Não foi estabelecido prazo pela Conmebol para julgamento do recurso. Porém, os dirigentes esperam que seja rápido. “Em 15 dias teremos o jogo de volta. Esperamos que seja definido antes disso”, frisou o superintendente administrativo.
No lance que gerou a expulsão, Dedé subiu para tentar cabecear a bola cruzada por Egídio. Andrada se antecipou, socou a bola e, na sequência, foi atingido no queixo pela cabeça do zagueiro. A pancada involuntária foi tão forte que o goleiro do Boca passará por cirurgia e ficará fora dos gramados durante dois meses.
Durante o atendimento médico a Andrada, o árbitro Eber Aquino decidiu consultar o recurso eletrônico (VAR, na sigla em inglês). Depois de rever a jogada algumas vezes, mostrou o cartão vermelho para o camisa 26 do Cruzeiro, fato que gerou sensação de incredulidade no estádio em função da acidentalidade da dividida.
Veículos de imprensa de várias partes do mundo e diversos clubes, jogadores e personalidades mostraram apoio a Dedé e condenaram o erro de Eber Aquino. O defensor de 30 anos, conhecido por ser um jogador disciplinado, não havia recebido um cartão vermelho sequer nas 134 partidas anteriores a serviço do clube.