O Cruzeiro se encontra distante da briga pelo título do Campeonato Brasileiro e, ao mesmo tempo, em situação confortável diante de um possível risco de se aproximar da zona de rebaixamento. O time celeste está em sétimo lugar, com 32 pontos, a 14 do líder Internacional e a seis do sexto, Atlético, que fecha o pelotão de classificação à Libertadores de 2019 por meio da Série A. Em comparação à outra ponta da tabela, são nove pontos de vantagem sobre o 17º colocado, Sport, que será justamente o adversário deste sábado, às 16h, na Ilha do Retiro, no Recife, pela 24ª rodada.
O curioso é que tanto Cruzeiro quanto Sport começaram bem o Brasileiro. Na 10ª rodada, os mineiros estavam na terceira posição, com 17 pontos. Já os pernambucanos ocupavam o segundo posto, com 18, abaixo do então líder, Flamengo, que somava 24. Na 12ª rodada, a última antes da paralisação para a Copa do Mundo, os times seguiam colados na tabela: o Sport em sétimo, com 19, e o Cruzeiro em oitavo, com 18.
Em 11 partidas no Brasileiro pós-Copa, o Cruzeiro oscilou, com três vitórias, cinco empates e três derrotas (42,4% de aproveitamento). Ainda que a campanha não seja tão regular, o time está tranquilo para poder focar nas disputas prioritárias: quartas de final da Copa Libertadores, contra o Boca Juniors, e semifinais da Copa do Brasil, diante do Palmeiras. Esses dois possíveis títulos podem render aos cofres azuis mais de R$ 100 milhões.
Já o Sport vem em queda livre na elite nacional, à qual está exclusivamente dedicado. Depois do Mundial, venceu apenas o lanterna, Paraná, por 1 a 0, pela 22ª rodada, além de empatar com a Chapecoense por 1 a 1, na 17ª. Ambos os jogos ocorreram na Ilha do Retiro. Em contrapartida, a equipe rubro-negra foi derrotada nove vezes, sendo a última na quarta-feira: 2 a 0 para o Bahia, na Fonte Nova, em Salvador. O aproveitamento pós-Copa é de 12%.
Enquanto o técnico Mano Menezes conduz trabalho duradouro em sua segunda passagem pelo Cruzeiro, iniciada em julho de 2016, e caminha para o 172º jogo no clube, o Sport tem Eduardo Baptista como terceiro comandante nesta temporada. Antes, a equipe foi orientada por Nelsinho Baptista, pai de Eduardo, e Claudinei Oliveira.
Mudanças
O Cruzeiro terá novidades em relação ao time que empatou com o Botafogo em 1 a 1, quarta-feira, no Estádio Nilton Santos, no Rio. O volante Henrique, suspenso por causa do terceiro cartão amarelo, e o meia Thiago Neves, poupado, não estarão em campo. O técnico Mano Menezes também não conta com o meia Arrascaeta, com lesão no músculo reto femoral da coxa esquerda, e o zagueiro Dedé, convocado para a Seleção Brasileira.
Por outro lado, há o regresso do lateral-esquerdo Egídio, ausente no Rio, e do meia Robinho, preservado nas duas rodadas anteriores. Mano avalia ainda a possibilidade de dar chance ao lateral-esquerdo Patrick Brey e relacionar o atacante Sassá, reabilitado de cirurgia na cartilagem do joelho esquerdo. A tendência é que seja escalada uma formação mista, já que as atenções estão voltadas prioritariamente para o confronto com o Palmeiras, quarta-feira, às 21h45, no Allianz Parque, pela partida de ida das semifinais da Copa do Brasil.