“É uma equipe que joga com formação parecida com a nossa, vem revezando dois atacantes mais centralizados, como fez (contra o Libertad, quando classificou para as quartas) com Benedetto e Zárate. Também pode fazer com Benedetto e Tévez. Com um homem um pouco mais de flanco, meio-campo que compete, que marca, que joga, como o nosso. Laterais que não apoiam tanto, que dão solidez ao sistema defensivo. Serão dois grandes jogos”, detalhou o treinador, esquecendo da possibilidade de Ramón Ábila, ex-Cruzeiro, também figurar entre os titulares da equipe de Guillermo Schelotto. 

Vencedor de seis Libertadores, o Boca Juniors é o adversário que o Cruzeiro mais enfrentou na história da competição. Mano ressaltou o histórico tradicional dos xeneizes e a dificuldade de encontrar pela frente uma equipe desse quilate. “A gente tem acompanhado o Boca não só porque ele poderia ser nosso adversário, mas porque o Boca é uma referência de time dentro da América Latina. É um time forte. Quando chega nessa hora, se torna mais forte ainda, como River e os grandes brasileiros também que chegam em quase todas as competições. A tendência, nessa hora, é estar mais forte. Não se subestime ninguém. Penso que teremos um grande adversário pela frente, tradicional, que vai criar todas as dificuldades para a gente passar para a semifinal da Libertadores, que é o nosso objetivo”, avaliou.

Se o compromisso será dos mais difíceis da temporada, pelo menos o Cruzeiro poderá contar com um reforço já para a primeira partida. Já na preparação física, o atacante Sassá deverá estar totalmente recuperado no duelo marcado para 19 de setembro, às 21h45, na Bombonera, em Buenos Aires. Essa, pelo menos, é a esperança do técnico Mano Menezes. Ele explicou a evolução do camisa 99 e também comentou a expectativa pelo retorno de Fred, outro centroavante que precisou enfrentar procedimento cirúrgico no joelho.

“Acho que Sassá sim (poderá jogar contra o Boca). Fred ainda vamos precisar esperar mais um pouco por questões lógicas de uma recuperação que exige tempo maior por segurança e cuidados que precisamos tomar. Está muito boa a recuperação, mas tem um prazo padrão e não tem sentido a gente arriscar no momento de reta final de preparação. Mas Sassá, semana que vem, está na raia”, projetou Mano Menezes.