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COPA LIBERTADORES

Cruzeiro reencontra Boca Juniors, seu maior adversário na história da Libertadores

Equipes já se enfrentaram em três edições da competição continental

Rafael Arruda
Gol de falta do lateral-direito Nelinho, na final de 1977, manteve esperança de título para o Cruzeiro - Foto: Arquivo/Estado de Minas
O Cruzeiro enfrentará o Boca Juniors, seu maior adversário na história da Copa Libertadores, nas quartas de final da edição de 2018 da competição. O clube argentino confirmou a classificação ao vencer o Libertad-PAR por 4 a 2, nesta quinta-feira, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção. No placar agregado, triunfo xeneize por 6 a 2. Os duelos da próxima fase acontecerão em 19 de setembro, às 21h45, no La Bombonera, e em 4 de outubro, também às 21h45, no Mineirão. As datas estão agendadas de acordo com o calendário da Conmebol.

Foram sete confrontos entre Cruzeiro e Boca pela Libertadores. O retrospecto mostra grande equilíbrio: três vitórias para cada lado e um empate. Até no número de gols marcados o empate persiste: 7 a 7. Com os embates no mata-mata de 2018, os times chegarão a nove duelos.
Em seguida, com seis enfrentamentos, aparecem na lista azul o argentino Estudiantes, o peruano Sporting Cristal, o chileno Universidad de Chile e os brasileiros Grêmio, Vasco e São Paulo. Ao todo, a Raposa jogou contra 47 clubes na Libertadores.

O primeiro encontro na Libertadores aconteceu em 1977. E foi numa final. Campeão no ano anterior, o Cruzeiro perdeu a partida de ida, na Bombonera, por 1 a 0. Na volta, devolveu o placar, no Mineirão, com gol de falta do lateral-direito Nelinho, aos 33min do segundo tempo. No terceiro duelo, no Estádio Centenário de Montevidéu, houve empate sem gols. Nos pênaltis, o Boca venceu por 5 a 4 e conquistou o primeiro título. O curioso é que na primeira cobrança argentina, o zagueiro Mouzo chutou a bola na trave. O árbitro venezuelano Vicente Llobregat mandou voltar o lance, alegando que Raul, goleiro do Cruzeiro, se adiantou. Tal decisão foi bastante questionada pelos atletas celestes.


Em 16 de março de 1994, o Cruzeiro conseguiu um feito histórico: ganhou do Boca Juniors por 2 a 1, em plena Bombonera, pela fase de grupos. O lateral-direito Paulo Roberto e o atacante Roberto Gaúcho fizeram os gols celestes. No segundo encontro, brilhou a estrela do então adolescente Ronaldo, de 17 anos. Aos 29min do segundo tempo, o camisa 9 recebeu passe na intermediária do campo de ataque, driblou quatro jogadores do Boca e marcou um gol de placa no Mineirão.
Nessa partida, que terminou com vitória cruzeirense por 2 a 0, o lateral-esquerdo Nonato ainda tentou surpreender o goleiro Navarro Montoya com chute do meio-campo. Caprichosamente, a bola bateu no travessão.


Em 2008, Cruzeiro e Boca mediram forças pelas oitavas de final. No primeiro jogo, o time mineiro sustentou a pressão dos argentinos na Bombonera e perdeu por “apenas” 2 a 1. O gol marcado pelo volante Fabrício, aos 32min do segundo tempo, renovou as esperanças celestes de conseguir a reação no Mineirão. Só que a decepção em casa foi grande: nova derrota por 2 a 1, diante de quase 62 mil torcedores. A Raposa não foi capaz de segurar o trio Riquelme, Palacio e Palermo. Os únicos remanescentes daquele elenco são o goleiro Fábio e o volante Henrique.

Na Copa Libertadores de 2008, Cruzeiro decepcionou sua torcida ao perder para o Boca no Mineirão - Foto: Jorge Gontijo/EM D.A Press

Retrospecto geral

No geral, Cruzeiro e Boca Juniors se enfrentaram 14 vezes na história. Houve também amistosos, jogos por campeonatos não-oficiais, Supercopa Libertadores e Copa Master. A vantagem mineira é ligeira: seis vitórias, três empates e cinco derrotas, com 16 gols a favor e 14 contra. Em conquistas continentais, o Boca soma 15 taças de torneios sul-americanos, sendo seis da Copa Libertadores.
Já o Cruzeiro, bicampeão da maior competição da América do Sul, faturou sete troféus em disputas organizadas pela Conmebol.



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