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Presidente do Cruzeiro projeta entregar auditorias externas ao Conselho em setembro

Contabilidade vai indicar a real situação econômica do clube

Thiago Madureira Humberto Martins
Presidente do Cruzeiro, Wagner Pires esteve presente no lançamento da parceria com a Fiat - Foto: Humberto Martins / Superesportes

O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, projetou a entrega das auditorias externas que analisam a situação financeira do clube  ao Conselho Deliberativo até meados de setembro. O balanço do ano passado, que encerrou a gestão de Gilvan de Pinho Tavares, registrou lucro na temporada de R$ 30.549.615,31. Contudo, o acumulado negativo entre 2011 e 2016 foi de R$ 160,7 milhões. Os estudos vão vistoriar todos os números.

São duas auditorias contratadas: uma que o Cruzeiro já contava com os serviços para ter um controle externo e outra a pedido do Conselho do clube, que atualmente é presidido por Zezé Perrella.

"Até a metade do mês que vem com certeza está tudo resolvido, porque as auditorias externas, o Cruzeiro já tem uma auditoria externa há anos, e foi pedida outra auditoria pelo conselho deliberativo. Elas agora acertaram, porque são lançamentos contábeis, um tem uma visão, outro tem outra, mas já houve essa conciliação e agora deve ser levado ao Conselho", afirmou Wagner Pires.

A política interna do Cruzeiro viveu momentos de ebulição na última eleição presidencial. Zezé Perrella, antigo aliado de Gilvan de Pinho Tavares, indicou um candidato (Sérgio Rodrigues) que concorreu ao pleito contra o nome selecionado por Gilvan (Wagner Pires de Sá). Em uma eleição apertada, Wagner foi eleito.
Pelo fato de Wagner ter escolhido Itair Machado para ter forte influência em sua administração, Gilvan cortou relação com o atual mandatário.

No início do ano, o Conselho, administrado por Zezé Perrella, solicitou revisão das contas do clube na gestão Gilvan. Uma auditoria foi contratada. Os números serão apresentados aos conselheiros, que analisarão o endividamento do clube.

Em entrevista ao Superesportes em junho, Gilvan falou sobre o crescimento da dívida em sua administração.

"É preciso fazer uma análise do que aconteceu no Cruzeiro. Aumentou o crescimento da dívida, mas aumentou a arrecadação também. Passamos a arrecadar como os grande clubes brasileiros. Eles deixam de contabilizar o elenco que deixei para eles. Sei que o Lyon pode oferecer uma fortuna e eles não estão querendo vender o Dedé. Na época que contratei ele, muita gente achou um absurdo, passou o momento difícil de lesões e agora está mostrando o nosso acerto. Na minha opinião, é o melhor zagueiro do Brasil. E deixei um elenco de primeira linha: tem Thiago Neves, um craque, tem o Murilo, zagueiro de futuro, tem o Raniel que pode valorizar muito, jogador de potencial, jovem; Arrascaeta, jogador de Copa do Mundo. Se vendesse alguns desses jogadores, eles pagariam as contas. Mas eles queriam os jogadores e dinheiro em caixa para contratar", disse Gilvan. 

Mesmo com o Cruzeiro endividado, a gestão Wagner Pires de Sá foi audaciosa no mercado.
O clube contratou muitos jogadores para 2018, além de dar aumento salarial para a comissão técnica. O clube trouxe, entre outros, Edílson, Bruno Silva, Mancuello, David, Fred, Marcelo Hermes, Egídio, Barcos, Patrick Brey, Renato Kaiser (emprestado) e Éderson..