A entrevista coletiva concedida em maio por Taffarel, preparador de goleiros da Seleção Brasileira, ainda repercute. À época, ele foi perguntado por qual razão Fábio, titular do Cruzeiro desde 2005, jamais recebeu oportunidades com o técnico Tite. “Às vezes a gente não quer falar francamente, não quer ser muito sincero, mas acho que há goleiros melhores do que ele no momento”. Os escolhidos para a posição na Copa do Mundo de 2018 foram o titular Alisson e os suplentes Cássio e Ederson. O Brasil perdeu por 2 a 0 para a Bélgica, nas quartas de final, e foi eliminado.
Alisson chegou a ser questionado na Copa por não ter feito defesa difícil na competição. E Fábio, na experiência de seus 37 anos (fará 38 em 30 de setembro), deu continuidade à trajetória de títulos com a camisa celeste. Recentemente, o goleiro ficou ainda mais em evidência pela capacidade de defender pênaltis. No jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Santos, pegou as cobranças de Bruno Henrique, Rodrygo e Jean Mota e ajudou a Raposa a vencer nas penalidades por 3 a 0, no Mineirão. Já nessa quarta-feira, diante do Grêmio, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, espalmou chute de Luan, aos 38min do segundo tempo, e segurou o empate por 1 a 1, na Arena do Grêmio. A alta performance de Fábio tem em esquentado o debate quanto à hipótese de o ídolo cruzeirense ainda brilhar na Seleção.
Alisson chegou a ser questionado na Copa por não ter feito defesa difícil na competição. E Fábio, na experiência de seus 37 anos (fará 38 em 30 de setembro), deu continuidade à trajetória de títulos com a camisa celeste. Recentemente, o goleiro ficou ainda mais em evidência pela capacidade de defender pênaltis. No jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Santos, pegou as cobranças de Bruno Henrique, Rodrygo e Jean Mota e ajudou a Raposa a vencer nas penalidades por 3 a 0, no Mineirão.
Na Copa do Mundo do Catar, entre 21 de novembro e 18 de dezembro de 2022, Fábio terá 42 anos. Não há garantia de que ele estará atuando. Contudo, em entrevista depois do duelo em Porto Alegre, o goleiro da Raposa foi perguntado sobre Seleção Brasileira e citou a possibilidade de estender a carreira para vestir a amarelinha. “Espero que eles possam estar observando, sempre com coerência. Estou novo. Enquanto estiver jogando em alto nível, posso ser lembrado. A gente já viu goleiros serem campeões do mundo, no caso da Seleção da Itália, com 40 ou 42 anos, se não me engano”, afirmou Fábio, cujo contrato com o Cruzeiro, válido até dezembro de 2019, poderá ser renovado.
Fora do universo de Copas, Rogério Ceni, maior ídolo da história do São Paulo, parou de jogar profissionalmente aos 42 anos. Notabilizado pela capacidade de cobrar faltas e pênaltis, o ex-goleiro marcou 132 gols em 1.237 partidas a serviço do Tricolor e faturou 25 títulos. O ex-cruzeirense Dida também estendeu a carreira até os 42 anos, em passagens por Portuguesa (2012), Grêmio (2013 a 2014) e Internacional (2014 a 2015). Outro exemplo é o italiano Gianluigi Buffon, campeão mundial por sua seleção em 2006. Aos 40 anos, ele assinou por uma temporada com o Paris Saint-Germain, depois de 17 anos seguidos na Juventus.
Em relação à Seleção Brasileira, Émerson Leão estava em vias de completar 37 anos quando foi selecionado como terceiro goleiro na Copa do Mundo de 1986. Aos 37, Carlos era reserva na Copa América de 1993. Gilmar, por sua vez, foi titular no Mundial de 1966, aos 36 anos. Quanto a Fábio, vale lembrar que ele, enquanto atleta do Vasco, foi terceiro goleiro do Brasil na Copa das Confederações de 2003 e reserva na Copa América de 2004. Mas a presença foi limitada ao banco de reservas. Se uma chance sob o comando de Tite é improvável, o goleiro segue fazendo história no Cruzeiro. Campeão brasileiro em 2013 e 2014 e das Copas do Brasil de 2000 e 2017, ele está perto de alcançar a 800ª partida pelo clube (tem 787).
Graças às defesas de Fábio, o Cruzeiro vai bem nas duas competições de mata-mata.