Sem vencer há cinco jogos no Campeonato Brasileiro (dois empates e três derrotas), o Cruzeiro lida com o status de terceiro pior ataque da competição, com apenas 15 gols em 19 rodadas. Nesta quarta-feira, às 21h45, o desafio do time celeste é mudar esse cenário diante do Grêmio, dono da melhor defesa do torneio, com oito gols sofridos. O Tricolor gaúcho ostenta ainda a condição de ter ficado 13 partidas sem ser vazado, além de ter tomado apenas quatro gols em seu estádio.
Na Série A, somente Paraná e Ceará, últimos colocados na tabela, fizeram menos gols que a Raposa: 9 e 12, respectivamente. A improdutividade ofensiva ainda não se tornou problema grave para a equipe treinada por Mano Menezes, que está em oitavo lugar, com 26 pontos. Contudo, existe uma preocupação em melhorar os números, sobretudo pelo fato de na Copa Libertadores a situação ser inversa: o Cruzeiro tem o melhor ataque do torneio sul-americano, com 17 gols em sete partidas. Será possível repetir no Brasileiro o sucesso apresentado na disputa continental? O volante Lucas Romero admite a necessidade de melhora e faz cobranças ao grupo.
“Estamos devendo muito no Campeonato Brasileiro. Temos detalhes para melhorar. Acho que estamos criando situações para fazer gols, mas falta alguma coisinha para concretizar a jogada. Estamos saindo atrás (no placar) nos últimos jogos. Isso é muito difícil. Temos que corrigir”, opina o argentino, que deverá ser mais uma vez titular na lateral direita em função da ausência de Edilson, com edema na coxa direita. “O torneio do Brasileiro é muito importante. Temos que fazer boas partidas. Com o elenco que temos, não podemos ficar longe da parte de cima”, acrescentou.
No turno de 2018, o Cruzeiro se igualou à edição de 2015 do Brasileiro, quando também fez 15 gols. A diferença é que há três anos a equipe somava apenas 22 pontos, na 14ª posição, a três do 17º Goiás. Este ano, o cenário é relativamente confortável: sete pontos a mais que o Vitória, primeiro time da zona de rebaixamento.
Segundo o Footstats, o Cruzeiro é, em números absolutos, o sexto time com mais finalizações no Brasileiro. São 232 tentativas, sendo 78 no alvo e 154 fora da meta. Isso representa um índice de 12 chutes para cada gol marcado. A estatística de conclusões equivocadas, aliás, chama a atenção: a Raposa só errou menos que Paraná (155) e Santos (161).
No comparativo com o Grêmio, adversário desta quarta-feira, o time cinco estrelas está em desvantagem em vários fundamentos, como média de posse de bola (51,44% a 55,63%), passes certos (7.277 a 8.765) e aproveitamento de finalizações (33,62% a 40,79%). Em compensação, acertou mais cruzamentos (117 a 83) e lançamentos (269 a 179).
Em Porto Alegre, o Cruzeiro deverá escalar o que tem de melhor. A novidade é o meia Arrascaeta, de volta após cumprir suspensão pelo terceiro cartão amarelo no empate de domingo com o Bahia, por 1 a 1, no Mineirão. O uruguaio é esperança de crescimento ofensivo, pois ocupa justamente a liderança no ranking de artilheiros do time na Série A, com três gols em 11 presenças. Fica também a expectativa para ver Hernán Barcos finalmente corresponder pelo clube. Desde que foi contratado, o argentino fez um gol em oito jogos como titular na temporada, números distantes do obtido pela LDU de Quito no primeiro semestre de 2018 (22 jogos e 11 gols).
Gols do Cruzeiro em turnos no Brasileiro com 20 clubes (entre parênteses, a colocação e a pontuação)
2018 - 15 gols (8º, com 26 pontos)
2017 - 21 gols (7º, com 27 pontos)
2016 - 24 gols (18º, com 19 pontos)
2015 - 15 gols (14º, com 22 pontos)
2014 - 41 gols (1º, com 43 pontos)
2013 - 42 gols (1º, com 40 pontos)
2012 - 24 gols (9º, com 28 pontos)
2011 - 26 gols (7º, com 27 pontos)
2010 - 22 gols (6º, com 31 pontos)
2009 - 19 gols (14º, com 22 pontos)
2008 - 32 gols (2º, com 36 pontos)
2007 - 41 gols (3º, com 32 pontos)
2006 - 29 gols (8º, com 27 pontos)