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CRUZEIRO

Dedé exalta Leo e agradece a grupo do Cruzeiro por suporte em retorno à Seleção Brasileira

Zagueiro disse que colegas de elenco tiveram muita paciência nos treinos

Rafael Arruda
Dedé enalteceu a parceria com Leo e lembrou também dos outros zagueiros e jogadores do grupo - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press
Depois de se recuperar definitivamente de edema ósseo no joelho esquerdo, Dedé realizou todos os trabalhos de pré-temporada no Cruzeiro e desde janeiro já estava à disposição do técnico Mano Menezes. Por cautela, porém, seu regresso ocorreu apenas em 24 de fevereiro, na vitória por 3 a 0 sobre o Boa, pela oitava rodada do Campeonato Mineiro. Dali em diante, o ‘Mito’ ganhou confiança, viu-se livre de dores e ganhou a titularidade na equipe. E formou ao lado de Leo uma dupla de zaga segura em momentos decisivos. Foi assim, por exemplo, na vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo, no último dia 8, no Maracanã, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. Essa partida foi acompanhada ‘in loco’ por Cléber Xavier, assistente técnico de Tite na Seleção Brasileira. Não deu outra: Dedé foi convocado para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador, nos dias 7 e 11 de setembro, nas cidades norte-americanas de Nova Jersey e Washington.

Dedé, que recebeu inúmeras mensagens de congratulações pelo chamado à Seleção, enalteceu a parceria com Leo e lembrou também dos outros zagueiros do grupo, Manoel e Murilo. Segundo ele, todos colaboraram positivamente para o seu gradativo regresso aos gramados. 

“O Leo é um fenômeno.
É um cara trabalhador, sensacional, de muito caráter e dedicação. Ele se preocupa muito com o companheiro. São muitas coisas que tenho que falar do Leo. Não só dele, mas Murilo e Manoel também. Treinei muito com eles, quando ainda estava em recuperação. Eles tiveram paciência no treinamento, eu muito abaixo deles e eles voando. Acho que não só o setor defensivo, mas também todos os meus companheiros. Todos me dando parabéns, falando que foi merecido. Tenho que agradecer a todos por tudo. É difícil você voltar no ritmo dos caras. Mas eles, sempre com cautela, tocando a bola devagar em cima de mim, para minimizar meus erros. Meus companheiros e minha comissão técnica foram importantes. Sou grato ao Cruzeiro por tudo que está envolvido”.

O sentimento de gratidão também foi transmitido a integrantes do departamento médico, em especial aos fisioterapeutas Charles Costa e André Rocha.
Os dois trabalharam diariamente com Dedé no período em que ele estava ausente do contato com a bola.

Foi muito importante. Eu, internamente, agradeço todo o departamento médico do Cruzeiro, toda a diretoria, a diretoria passada, o departamento médico passado. Eles têm que ouvir meu agradecimento por tudo que fizeram por mim. Cansei de mandar mensagem de madrugada para os fisioterapeutas, o Charles, o André, que são meus amigos. Eles me deram força e falaram de coisas mais difíceis do que eu estava passando no momento. Faço de tudo para demonstrar minha gratidão. Sempre vou fazer, se um dia sair”

Dedé também lembrou dos episódios em que recebeu críticas via redes sociais por causa do longo período de recuperação. De acordo com o defensor, a cada comentário em tom de ironia, uma multidão o defendia e acreditava em sua retomada aos gramados. “Muitos torcedores debocharam, brincaram com meu momento, e eu sempre deixei levar. Mas, se um brincava, eu tinha dois que me defendiam.
Isso me deixava confiante e motivado. Sempre falo da nação azul, quando eu posto em rede social. Tenho carinho enorme, eles estão dentro do meu coração. É uma forma que eu tenho de agradecimento a eles”.

Agora, o desafio de Dedé é seguir jogando em alto nível. Desde que reassumiu a condição de titular em 2018, ele mostrou qualidade em vários fundamentos. Nas jogadas aéreas, alia força e impulsão, graças à estatura elevada de 1,92m. Por baixo, usa a velocidade e o condicionamento físico para enfrentar atacantes rápidos. Além da virtude defensiva, o zagueiro é arma no ataque em cobranças de falta e escanteio. Ele marcou dois gols de cabeça em 31 partidas na temporada. Em outras ocasiões, não teve tanta sorte, pois suas finalizações acertaram a trave ou foram defendidas pelos goleiros adversários.









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