Depois de se enfrentarem pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, Cruzeiro e Flamengo voltam a medir forças no domingo, às 16h, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Novamente, o Maracanã será palco do confronto, mas em cenário diferente do ambiente da última quarta-feira, quando o time celeste ganhou por 2 a 0 e deu passo importante rumo às quartas de final da competição sul-americana. Distante das primeiras colocações da Série A (8º, com 25 pontos), a Raposa tem nos torneios de mata-mata a oportunidade de conquistar títulos expressivos em 2018. Por isso, utilizará os reservas na elite nacional. Na próxima quarta, às 19h30, será a vez de enfrentar o Santos, no Mineirão, pelo duelo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. No primeiro jogo, o Cruzeiro ganhou por 1 a 0, na Vila Belmiro.
“Estamos felizes por ter avançado na Copa do Brasil e disputar com o Santos uma vaga na semifinal. Conquistamos o direito de enfrentar o Flamengo nas oitavas de final. Temos o objetivo de passar, e quando a gente passa, os jogos vão aumentando. Mas é algo positivo, a gente tem que valorizar isso”, comemorou o técnico Mano Menezes, explicando, em seguida, a razão pela qual mudará a equipe no Brasileiro.
“Mesmo que você mantivesse os jogadores, não conseguiria render bem em função do desgaste físico. Então vamos administrar no domingo no jogo contra o Flamengo, pois na quarta voltamos a enfrentar o Santos pela Copa do Brasil. A vantagem é boa, mas ainda é pequena. Teremos jogos difíceis para confirmar essas duas condições que alcançamos nas Copas”, acrescentou Mano.
Uma possível formação do Cruzeiro para enfrentar o Flamengo no domingo terá Rafael; Ezequiel, Manoel, Murilo e Marcelo Hermes; Henrique (Lucas Silva) e Ariel Cabral; Rafinha, Mancuello e David; Raniel (Rafael Sobis). Bruno Silva, suspenso, e Lucas Romero, com desgaste muscular na panturrilha esquerda, são os desfalques de momento.
“Mesmo que você mantivesse os jogadores, não conseguiria render bem em função do desgaste físico. Então vamos administrar no domingo no jogo contra o Flamengo, pois na quarta voltamos a enfrentar o Santos pela Copa do Brasil. A vantagem é boa, mas ainda é pequena. Teremos jogos difíceis para confirmar essas duas condições que alcançamos nas Copas”, acrescentou Mano.
Uma possível formação do Cruzeiro para enfrentar o Flamengo no domingo terá Rafael; Ezequiel, Manoel, Murilo e Marcelo Hermes; Henrique (Lucas Silva) e Ariel Cabral; Rafinha, Mancuello e David; Raniel (Rafael Sobis). Bruno Silva, suspenso, e Lucas Romero, com desgaste muscular na panturrilha esquerda, são os desfalques de momento.
Segundo o cronograma da Conmebol, a Copa Libertadores será encerrada em 28 de novembro. Já a Copa do Brasil, conforme a programação da CBF, terminará em 17 de outubro. A agenda de 2018 foi esticada em função da paralisação para a Copa do Mundo, entre 14 de junho e 15 de julho. Caso chegue às decisões desses dois torneios, o Cruzeiro conciliará as disputas com o Brasileirão e poderá chegar a 80 partidas no calendário de 2018. Em outras temporadas, o clube dividiu atenções entre Copa do Brasil ou Libertadores e Série A, mas não as três ao mesmo tempo. Relembre as ocasiões:
2003
Antes de enfrentar o Flamengo na decisão da Copa do Brasil, o Cruzeiro pegou o Criciúma, no Mineirão, pela 11ª rodada do Brasileiro. Na ocasião, o técnico Vanderlei Luxemburgo deixou no banco de reservas o lateral-direito Maurinho, os volantes Augusto Recife e Wendel, o armador Alex e o atacante Aristizábal. Com gols de Mota e Márcio, a Raposa venceu por 2 a 0, somou 24 pontos e se manteve na liderança isolada da Série A. Nos dias 8 e 11, foi a vez de jogar a final contra o Fla: empate por 1 a 1 no Maracanã e vitória por 3 a 1 no Mineirão. No fim daquele ano, o time celeste ganhou também a Série A (100 pontos em 46 rodadas) e se tornou o único no país a conquistar as duas competições na mesma temporada.
2004
Os confrontos do Cruzeiro contra o Deportivo Cali, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, foram intercalados com as primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. O técnico Paulo César Gusmão colocou força máxima nas duas competições: Gomes, Maicon, Edu Dracena, Cris e Leandro; Augusto Recife, Maldonado, Wendel e Alex; Dudu e Jussiê. Na Série A, o time somou oito pontos e alcançou o nono lugar na quinta rodada. Na Libertadores, empatou por 2 a 2 no placar agregado (derrota por 1 a 0, na Colômbia, e vitória por 2 a 1, no Mineirão) e amargou revés por 3 a 0 nas penalidades máximas.
2009
Três dias antes de decidir a Copa Libertadores de 2009, contra o Estudiantes, o Cruzeiro escalou uma equipe formada por reservas e até mesmo jogadores sub-20 no clássico contra o Atlético. O técnico Adilson Batista mandou a campo Andrey; Jancarlos, Neguete, Vinícius e Diego Renan; Fabrício, Elicarlos, Fabinho (Anderson) e Athirson; Thiago Ribeiro (Wanderley) e Zé Carlos. Os torcedores celestes que compareceram ao estádio não se importaram com a derrota por 3 a 0 diante do maior rival, pela 10ª rodada do Brasileiro, já que as atenções estavam voltadas para a final de 15 de julho, também no Mineirão. Só que os planos para o tão sonhado tricampeonato continental foram frustrados diante de 64 mil torcedores. O Cruzeiro ficou com um amargo vice-campeonato ao perder de virada por 2 a 1. Restou ao time buscar a recuperação da Série A, saltando do 16º lugar, na 10ª rodada (10 pontos), para quarto, na 38ª (62 pontos).
2010
A presença do Cruzeiro na Copa Libertadores praticamente não interferiu na campanha no Campeonato Brasileiro. Quando perdeu para o São Paulo por 2 a 0, dia 19 de maio, no Morumbi, pelo jogo de volta das quartas de final, o time tinha disputado apenas as duas primeiras rodadas da Série A: vitórias sobre Internacional, por 2 a 1 (equipe mista, no Beira-Rio), e empate com o Avaí, por 2 a 2 (equipe reserva, no Mineirão). Eliminado do torneio sul-americano, o Cruzeiro se concentrou exclusivamente no Brasileiro e, sob o comando de Cuca, substituto de Adilson Batista, ficou em segundo lugar, com 69 pontos (20 vitórias, nove empates e nove derrotas).
2014
Em momentos distintos de 2014, o Cruzeiro conciliou a Copa Libertadores e a Copa do Brasil com o Campeonato Brasileiro. Entre o fim de abril e o início de maio, o técnico Marcelo Oliveira escalou time misto nas quatro primeiras rodadas da Série A, priorizando o mata-mata no torneio sul-americano. A Raposa passou pelo Cerro Porteño, nas oitavas de final, porém perdeu para o San Lorenzo, nas quartas. Quando voltou a se dedicar somente ao Brasileirão, estava em quinto lugar, com sete pontos, e emplacou sequência de bons resultados até se firmar na liderança. Na 17ª rodada, o Cruzeiro somava 39 pontos, sete a mais que o vice-líder São Paulo. A partir dali, voltou a revezar as atenções com uma competição paralela, dessa vez a Copa do Brasil. Com adversários de pouca expressão pelo caminho nas oitavas e nas quartas de final (Santa Rita-AL e ABC-RN), o time chegou com tranquilidade à semifinal, diante do Santos, e avançou à decisão, contra o rival Atlético. Em 23 de novembro, o Cruzeiro confirmou a conquista do Brasileiro ao vencer o Goiás, por 2 a 1, no Mineirão. Três dias depois, foi derrotado pelo alvinegro por 1 a 0, também no Gigante da Pampulha, e ficou com o vice-campeonato da Copa do Brasil.
2015
Às vésperas de enfrentar o River Plate pelas quartas de final da Copa Libertadores, o Cruzeiro jogou com equipe reserva nas três primeiras rodadas do Brasileiro de 2015: perdeu para Corinthians e Santos, por 1 a 0, e empatou com a Ponte Preta, por 1 a 1. Diante dos argentinos, a Raposa ganhou o jogo de ida por 1 a 0, no Monumental de Núñez, porém perdeu no Mineirão, por 3 a 0. Como consequência da eliminação trágica em casa, o técnico Marcelo Oliveira acabou demitido na quarta rodada da Série A, sendo substituído por Vanderlei Luxemburgo. O sucessor no comando também não durou muito no cargo, já que o time foi eliminado pelo Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Brasil, em agosto. Coube a Mano Menezes conduzir a Raposa a um oitavo lugar na Série A (55 pontos), que se tornou honroso em função do acúmulo de fracassos e contratações malsucedidas na temporada.
2017
Presente desde o início da disputa, o Cruzeiro conquistou a Copa do Brasil de 2017 ao superar Volta Redonda-RJ, São Francisco-PA, Murici-AL, São Paulo, Chapecoense, Palmeiras, Grêmio e Flamengo. As finais foram disputadas nos dias 7 e 27 de setembro. Nessa época, os jogadores reservas ganharam oportunidades no Campeonato Brasileiro, enquanto os titulares descansavam para aos confrontos decisivos de mata-mata. Em vários momentos, a equipe até vislumbrou uma possível segunda colocação na Série A. Em 24 de setembro, pela 25ª rodada, a vitória sobre o Atlético-GO por 2 a 1, em Goiânia, colocou o Cruzeiro na quinta posição, com 40 pontos, a quatro do vice-líder Santos (o Corinthians, 1º, somava 54). Três dias depois, o time comandado por Mano Menezes conquistou o título da Copa do Brasil ao vencer o Flamengo nos pênaltis, por 5 a 3, diante de mais de 61 mil torcedores no Mineirão.