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Destaque no início do ano, defesa cai de rendimento e passa a ser ponto fraco do Cruzeiro

Time de Mano Menezes sofreu gol nos últimos sete jogos oficiais

postado em 27/07/2018 10:05 / atualizado em 27/07/2018 10:08

Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.

Pouco depois da derrota por 2 a 0 para o Corinthians, na noite de quarta-feira, em São Paulo, o técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, mostrou preocupação com o comportamento defensivo da equipe. O time sofreu gol nos últimos sete jogos oficiais, ou nos últimos nove jogos, se forem levados em consideração amistosos contra o próprio time paulista durante a parada para a disputa da Copa do Mundo da Rússia.

A última vez em que não teve a meta vazada foi na vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, em 3 de junho, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Até então, a média de gols sofridos pela equipe celeste era de apenas 0,46 por partida. A partir daí, a coisa degringolou: saltou para 1,28 gol sofrido por partida, quase três vezes mais.

Uma das explicações para a queda de rendimento pode ser a mudança constante de peças fundamentais para o sistema defensivo. Se em seis dos sete últimos jogos oficiais a dupla de zaga foi formada por Dedé e Leo, considerados titulares – contra o Corinthians, Manoel substituiu o Mito, atuando ao lado do camisa 3 –, nas laterais e entre os volantes houve rodízio de titulares.

No lado direito da defesa, por exemplo, o titular Edílson atuou em cinco partidas, mas também foram escalados Ezequiel e Lucas Romero. Na esquerda, Egídio também começou cinco vezes, mas deu lugar a Marcelo Hermes em duas.

Já no meio, Henrique é referência e só não esteve presente em duas oportunidades. Já ao lado se revezaram Ariel Cabral, Bruno Silva, Lucas Silva e Lucas Romero, além de Mancuello, que costuma atuar mais avançado.

Mano Menezes, porém, prefere não levar o problema para o lado individual. Ele aponta falhas coletivas e mesmo a forma como todo o time se comportou em alguns momentos para entender a queda defensiva.

Foi o que ocorreu, por exemplo, no primeiro gol corintiano na quarta-feira. “Tomamos aquele gol com muita facilidade, uma bola longa, que sai lá do sistema defensivo (do adversário) e que caiu nas costas inexplicavelmente em chute de 60m, que foi o início da jogada. Não existe isso. Deixamos circular a bola com facilidade, como o Pedrinho fez, e tomamos o primeiro gol. Depois criamos três chances claríssimas, que jogadores como os que temos não costumam errar, mas erramos. Por isso saímos com a derrota”, disse o treinador.

TRABALHO
Ele terá pouco tempo para corrigir os erros. Afinal, o Cruzeiro volta a campo no domingo, às 16h, quando recebe o São Paulo, no Mineirão, pela 16ª rodada do Nacional.

O Tricolor Paulista tem um dos melhores ataques da competição. Mas o time celeste deverá ter a volta de Dedé, considerado o melhor zagueiro do grupo.

Nessa quinta, o camisa 26 fez trabalho técnico com jogadores das categorias de base, sob o comando do auxiliar técnico Júnior Lopes. Ele ficou de fora do jogo de quarta-feira, dentro do rodízio planejado por Mano Menezes, mas tem cometido falhas que não vinha cometendo antes da parada da Copa. Outros que não começaram jogando e podem voltar a ser titulares são os armadores Robinho e De Arrascaeta.

Uma dúvida é quanto ao aproveitamento de Edílson. Na quinta, o lateral fez apenas trabalho físico nos campos da Toca da Raposa II.

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