A última vez em que não teve a meta vazada foi na vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, em 3 de junho, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Até então, a média de gols sofridos pela equipe celeste era de apenas 0,46 por partida. A partir daí, a coisa degringolou: saltou para 1,28 gol sofrido por partida, quase três vezes mais.
Uma das explicações para a queda de rendimento pode ser a mudança constante de peças fundamentais para o sistema defensivo. Se em seis dos sete últimos jogos oficiais a dupla de zaga foi formada por Dedé e Leo, considerados titulares – contra o Corinthians, Manoel substituiu o Mito, atuando ao lado do camisa 3 –, nas laterais e entre os volantes houve rodízio de titulares.
No lado direito da defesa, por exemplo, o titular Edílson atuou em cinco partidas, mas também foram escalados Ezequiel e Lucas Romero. Na esquerda, Egídio também começou cinco vezes, mas deu lugar a Marcelo Hermes em duas.
Já no meio, Henrique é referência e só não esteve presente em duas oportunidades. Já ao lado se revezaram Ariel Cabral, Bruno Silva, Lucas Silva e Lucas Romero, além de Mancuello, que costuma atuar mais avançado.
Mano Menezes, porém, prefere não levar o problema para o lado individual. Ele aponta falhas coletivas e mesmo a forma como todo o time se comportou em alguns momentos para entender a queda defensiva.
Foi o que ocorreu, por exemplo, no primeiro gol corintiano na quarta-feira. “Tomamos aquele gol com muita facilidade, uma bola longa, que sai lá do sistema defensivo (do adversário) e que caiu nas costas inexplicavelmente em chute de 60m, que foi o início da jogada. Não existe isso. Deixamos circular a bola com facilidade, como o Pedrinho fez, e tomamos o primeiro gol. Depois criamos três chances claríssimas, que jogadores como os que temos não costumam errar, mas erramos. Por isso saímos com a derrota”, disse o treinador.
TRABALHO Ele terá pouco tempo para corrigir os erros. Afinal, o Cruzeiro volta a campo no domingo, às 16h, quando recebe o São Paulo, no Mineirão, pela 16ª rodada do Nacional.
O Tricolor Paulista tem um dos melhores ataques da competição. Mas o time celeste deverá ter a volta de Dedé, considerado o melhor zagueiro do grupo.
Nessa quinta, o camisa 26 fez trabalho técnico com jogadores das categorias de base, sob o comando do auxiliar técnico Júnior Lopes. Ele ficou de fora do jogo de quarta-feira, dentro do rodízio planejado por Mano Menezes, mas tem cometido falhas que não vinha cometendo antes da parada da Copa. Outros que não começaram jogando e podem voltar a ser titulares são os armadores Robinho e De Arrascaeta.
Uma dúvida é quanto ao aproveitamento de Edílson. Na quinta, o lateral fez apenas trabalho físico nos campos da Toca da Raposa II.