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CRUZEIRO

Presidente do Cruzeiro fala sobre Pedro Rocha, futuro de Arrascaeta e finanças

Wagner Pires de Sá concedeu entrevista logo após apresentar atacante Barcos

Matheus Muratori



Depois da entrevista coletiva de apresentação do atacante Hernán Barcos, o presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, respondeu a alguns questionamentos da imprensa na Toca da Raposa II.
A respeito da possibilidade de o clube investir na contratação do atacante Pedro Rocha, ex-Grêmio e atualmente no Spartak Moscou da Rússia, a resposta foi em tom de desconversa. Já em relação ao futuro de Arrascaeta e à saúde financeira da Raposa, Wagner Pires falou com mais clareza. Leia as declarações na íntegra:

Existe negociação com Pedro Rocha?

“Temos dito constantemente que o Cruzeiro tem uma base muito firme, uma equipe formada, tranquila. Na verdade, aqueles reforços pontuais que nós precisamos e tivemos a necessidade, que nos foram pedidos pela equipe técnica, foram atendidos. Infelizmente faz parte do futebol. Você tem contusões e percalços durante as longas competições, então montamos uma base que está firme, tranquila. Como foi agora, tivemos a necessidade de complementar o nosso ataque porque tivemos a infelicidade de ter jogadores contundidos, que vão demandar algum tempo para retornar ao futebol.
O Itair Machado sempre fala: não adianta trazer mais um. Precisávamos de alguém de qualidade. Esse veio, graças ao esforço da nossa equipe técnica. Eventualmente, se tivermos alguma oportunidade, vamos persegui-la. Mas acreditamos que o Cruzeiro está apto para participar das competições até o fim do ano com os atletas que estamos aqui”.

O Cruzeiro ainda pode vender Arrascaeta?

“A gente vai numa onda de vai e volta. Ou seja, se aparecer uma grande oportunidade que interesse ao Arrascaeta e que seja boa também para o Cruzeiro, nós atenderíamos. Nós não podemos ir contra a vontade do homem. Mas, dentro das circunstâncias atuais, ele quer continuar no Cruzeiro. Claro que há muitas especulações quanto a isso, pois ele é um grande jogador e qualquer clube quer tê-lo em sua equipe. Mas até agora não há nada, são só especulações”.



Como estão as finanças do clube?

“As finanças do Cruzeiro são absolutamente iguais às de todos os clubes brasileiros. Temos um problema muito sério, que é a crise pela qual estamos passando há um longo tempo. Se você fizer dois jogos em sequência, o torcedor não tem recurso para gastar em seguida. Nesses dois jogos, não conseguimos trazer os mesmos torcedores.
Os patrocinadores estão na mesma forma, passando por grandes dificuldades. Nós, como todo o futebol brasileiro, passamos por dificuldades financeiras. Não é segredo para ninguém. Especulações que deve isso e aquilo, sempre haverá. Acredito até que o Cruzeiro, em relação à maioria dos clubes do Brasil, está na média. Nem pior, nem melhor. É a realidade do futebol brasileiro”.



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