- Venda de Arrascaeta: embora o Cruzeiro garanta que só vai liberar o uruguaio em caso do pagamento da multa rescisória (R$120 milhões), a intenção é negociá-lo se uma proposta de 20 milhões de euros (cerca de R$86 milhões) chegar à Toca da Raposa II. Como tem 25% dos direitos econômicos do uruguaio, o clube mineiro receberia 5 milhões de euros – metade do valor que pretende investir para tirar Ricardo Goulart da China.
- Apoio de 'sócio': já há um entendimento com Pedro Lourenço, do Supermercados BH, para a contratação de Ricardo Goulart. O empresário, parceiro antigo do Cruzeiro, aceitou reinvestir metade dos 25% a que tem direito numa possível venda de Arrascaeta. Ou seja, se o Cruzeiro vender o uruguaio por 20 milhões de euros, Pedrinho, como é conhecido o supermercadista, receberia 5 milhões de euros e investiria 50% (2,5 milhões de euros) para ajudar a repatriar Goulart.
- Busca por mais um parceiro: se concluir as duas primeiras etapas da operação, restará ao Cruzeiro conseguir com outro parceiro os 2,5 milhões de euros que faltam para formalizar a oferta. Esse é o passo mais difícil e que ainda impede a diretoria celeste de ter otimismo sobre a possibilidade de repatriar Goulart. Outra possibilidade para alcançar as cifras necessárias é conseguir negociações expressivas já nesta janela de transferências.
Empresário de Ricardo Goulart, o agente paulista Paulo Pitombeira foi consultado pelo Cruzeiro sobre o interesse do meia-atacante de retornar ao clube. Representantes do Guangzhou Evergrande também já foram informados. Goulart, por sua vez, se pronunciou em mais de uma ocasião sobre o desejo de defender a camisa celeste novamente e de jogar no Brasil para aumentar sua projeção. Embora tenha sido o melhor jogador das duas últimas temporadas na China e tenha sido o artilheiro da segunda edição do torneio nacional que disputou (marcou 19 gols em 2016), o meia-atacante não ganhou nenhuma oportunidade na Seleção Brasileira de Tite, por exemplo.
No fim de 2017, rumores colocaram o nome do meia-atacante como uma das prioridades do Cruzeiro no mercado de transferências. Vice-presidente de futebol do clube, Itair Machado rechaçou a possibilidade na época. “O Cruzeiro sempre sonhou com uma volta do Ricardo Goulart, mas a operação financeira hoje é impossível. Teríamos total interesse, mas não tem como”, escreveu o dirigente em seu Twitter no dia 25 de dezembro de 2017. Já em 21 de junho, quando Thiago Neves recebeu oferta do Al-Hilal, ele confirmou consulta ao jogador por pensar que Neves aceitaria a proposta para deixar a Toca II.
Depois de vencer os Campeonatos Brasileiros de 2013 e 2014 com o Cruzeiro, Ricardo Goulart foi negociado em janeiro de 2015 com o Guangzhou Evergrande, da China, por 15 milhões de euros (cerca de R$48 milhões na cotação da época). A Raposa era dona de 50% dos direitos econômicos e recebeu R$24 milhões, aproximadamente, pela transferência. Em fevereiro de 2016, Goulart renovou contrato com a equipe chinesa até janeiro de 2020.
Como jogador do Cruzeiro, Ricardo Goulart disputou 106 partidas e marcou 38 gols. Ele foi peça fundamental para o bicampeonato nacional, sobretudo na segunda conquista, quando foi eleito Bola de Ouro da Revista Placar. No título de 2014, o meia-atacante balançou a rede 15 vezes em 26 apresentações. No Guangzhou Evergrande, Goulart contabilizou até aqui 97 gols em 143 jogos.
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