Superesportes

CRUZEIRO

Em protesto ao tratamento recebido no Horto, Cruzeiro adota silêncio depois do clássico

Mano e algum diretor do clube deverão conceder entrevista na Toca II

Redação
Mano não concedeu tradicional entrevista coletiva após derrota do Cruzeiro para o Atlético no Horto - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press
Ninguém concede entrevista. Essa foi a ordem da presidência do Cruzeiro em protesto ao tratamento recebido pelos dirigentes do clube no Independência, na derrota por 1 a 0 para o Atlético, pelo Campeonato Brasileiro. Parte da delegação da Raposa foi colocada em camarote ao lado do que recebeu integrantes da Galoucura, principal torcida organizada do Alvinegro. Diretor geral do clube celeste, Sérgio Nonato avisou após a partida, nos vestiários do estádio, que ninguém conversaria com os jornalistas. 

De acordo com o departamento de comunicação do Cruzeiro, Mano Menezes e um diretor do clube deverão conceder entrevistas coletivas na reapresentação do clube, neste domingo, na Toca da Raposa II. O treinador poderá analisar o revés para o Atlético e projetar o duelo pela Copa Libertadores, nesta terça-feira, às 21h30, contra o Racing. A cúpula celeste, por sua vez, deverá subir o tom nas críticas contra Sérgio Sette Câmara, presidente do rival. 

Em pronunciamento oficial após a partida, ainda no Horto, o Cruzeiro se revoltou com o episódio no camarote do Independência e formalizou a decisão de não permitir entrevistas no estádio.  “O Cruzeiro Esporte Clube vem a público informar que em protesto não concedeu entrevistas pós-clássico deste sábado em função do tratamento que recebeu por parte do adversário, que em atitude covarde de seu presidente colocou o staff e a diretoria do Cruzeiro em camarotes ao lado de lutadores de uma torcida organizada. Não fosse a intervenção da Polícia Militar, haveria ocorrido uma tragédia hoje no estádio Independência”, disse a nota divulgada nas redes oficiais do Cruzeiro.

O camarote escolhido pelo Atlético para alocar parte da delegação do Cruzeiro foi diferente daquele que costuma ser utilizado pelos diretores celestes em clássicos no Independência. Por meio da assessoria de comunicação, o Alvinegro informou que “o clube cedeu dois camarotes de 18 lugares, conforme solicitado pelo Cruzeiro.
O único lugar que tinha camarotes com 18 lugares disponíveis era essa. Do outro lado do estádio não tinha”. O clube também divulgou nota dando sua versão sobre o episódio (leia na íntegra no fim desta reportagem). 

Além das entrevistas, o domingo na Toca da Raposa II também marcará o início de preparação do Cruzeiro para o duelo contra o Racing, pela Libertadores. Se vencer o jogo no Mineirão, a Raposa assumirá a liderança do Grupo 5 e terá vantagem nas oitavas de final da competição sul-americana.

Nota oficial do Atlético sobre episódio no Independência

Sobre as reclamações do Cruzeiro Esporte Clube a respeito do tratamento recebido na partida deste sábado, cabe informar:

O Atlético atendeu a todas as solicitações do clube visitante, seja nos camarotes destinados à sua diretoria e convidados, seja na segurança reservada a eles.

Lamentamos que o Cruzeiro tenha optado pelo ataque verbal ao presidente do Atlético, o chamando de “covarde”, quando os verdadeiros covardes são os que acobertaram torcedores que agrediram nossos atletas, além de diversos transtornos ocorridos na final do Campeonato Mineiro, no Mineirão.

Vale ressaltar que prezamos sempre pela segurança das equipes visitantes, não havendo qualquer ocorrência que desabone nossa conduta. Em assim sendo, não havendo um incidente sequer, reputamos as reclamações do rival como um mero choro de perdedor.

.