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Edilson, David e Fred: médico do Cruzeiro analisa quadros clínicos e projeta mês agitado

Campolina detalhou situação dos jogadores entregues ao departamento

Tiago Mattar
Edilson, David e Fred estão entregues ao departamento médico do Cruzeiro - Foto: Arquivo EM
Coordenador médico do Cruzeiro, Sérgio Campolina tem a missão de acelerar a recuperação de três dos principais reforços do clube para a temporada 2018. Além disso, tem a responsabilidade de trabalhar em conjunto com os fisiologistas para evitar mais lesões num mês agitado e de muitos jogos para a Raposa. Em entrevista ao Superesportes, ele detalhou as evoluções do lateral-direito Edilson e dos atacantes David e Fred, que estão sob cuidados do departamento. O retorno mais rápido deverá ser do lateral. Ele não sente mais dor depois de um trauma no tornozelo direito sofrido na vitória por 7 a 0 sobre a Universidad de Chile, pela Libertadores.

“A dor do Edilson, o desconforto do dia a dia, estava necessitando de remédio e agora não precisa mais. Ele cortou no fim de semana. Imagino que amanhã (quarta-feira) ele se reapresente melhor. Na verdade, o que acontece é que o que estava segurando ele no tratamento era a dor.
Não houve ruptura alguma no tornozelo, mas tem dor. Esse que é nosso limitador. Ele falou que houve um avanço. A gente tem o prazo de duas semanas da lesão, então acredito que com mais uma semana ele esteja liberado”, projetou Campolina.

Contratado ao Vitória em janeiro, por cerca de R$10 milhões, o atacante David ainda não conseguiu emplacar uma sequência no Cruzeiro. Ele chegou com uma lesão muscular na coxa, se recuperou, ganhou oportunidades nos duelos contra Fluminense e Internacional, mas voltou a se lesionar. “O David está assintomático pelo que conversei com ele. Deve dar uma evoluída na questão de reforço da musculatura. Vamos fazer um trabalho especial na musculatura. Dar ênfase no equilibro muscular”, analisou. O camisa 11 tem um edema na perna direita.

Campolina destacou que o retorno de David deverá ser mais demorado. Isso porque o departamento médico do Cruzeiro pretende conhecer um pouco mais as condições musculares do jogador para liberá-lo em definitivo. “Analisando nossa temporada, os atletas que conhecíamos o histórico não tiveram lesão importante. Robinho, Rafinha, ninguém parou no departamento.
Porque a gente tem a história, a gente sabe tratar melhor. O David é uma novidade. Pegamos o tratamento caminhando e agora, com essa situação, ele teve lesão no músculo e não podemos correr risco. Vamos ter um cuidado especial nas próximas semanas. Eu até gosto de estipular meta, mas com ele não consigo. Vamos tomar conta dessa parte física, dar uma atenção especial”, destacou.

Fora dos gramados desde a vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre o Tupi, em 25 de março, pelo Mineiro, o atacante Fred passou por cirurgia no joelho direito e só voltará aos gramados, na melhor das hipóteses, na reta final da temporada. Apesar disso, sua recuperação também segue nas melhores condições possíveis, de acordo com Campolina. “Fred tem tido uma recuperação muito positiva. Essa semana ele tira o imobilizador e seguimos dando sequência na fisioterapia, nos trabalhos na piscina e outros específicos”, pontuou.

Mês agitado

Se por um lado Mano Menezes voltou a ter uma semana cheia para trabalhar depois da vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, pelo Brasileiro, por outro ele terá pela frente um mês muito agitado, de compromissos fundamentais para os objetivos do Cruzeiro na temporada. O clube celeste terá um jogo a cada três dias até o fim de maio: Sport (Brasileiro, casa, 13/05), Atlético-PR (Copa do Brasil, fora, 16/05), Atlético (Brasileiro, fora, 19/05), Racing (Libertadores, casa, 22/05), Santos (Brasileiro, fora, 27/05) e Palmeiras (Brasileiro, casa, 30/05). 

Diante da rotina de jogos, o departamento médico se prepara para manter uma estratégia que, na avaliação de Sérgio Campolina, tem funcionado bem na preservação dos atletas.
“Eu acho que a gente nunca teve tanto cuidado como estamos tendo agora. Exatamente porque a gente sabe que o aleta trabalha no limite. Uma folga, uma semana sem jogos, não compensa a semana pesada. Precisamos recuperar também nessas semanas fortes, com muitos compromissos. É feita uma leitura diária sobre marcadores de fadiga, com fisiologia e exames de imagem. Eu, particularmente, acho que nosso modelo está dando certo. Estamos conseguindo recuperar atletas para momentos importantes. Sem querer criar terrorismo sobre preservação dos jogadores e minimizando ao máximo as lesões”, avaliou. 
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