Enviado especial ao Rio de Janeiro
Cruzeirenses começaram festa na Tijuca à tarde e estenderam comemorações pela noite carioca - Foto: Tiago Mattar/Superesportes A torcida do Cruzeiro voltou a fazer festa no Rio de Janeiro. Se em 2017 os celestes calaram o Maracanã lotado de flamenguistas no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, que terminou com empate por 1 a 1, nessa quarta-feira, em São Januário, o silêncio foi dos vascaínos, eliminados da Copa Libertadores. O contundente triunfo por 4 a 0 sobre o Vasco provocou a ira dos cruz-maltinos nas arquibancadas, a ponto de o jogo ser paralisado, e desencadeou cânticos e provocações do lado cruzeirense.
Já no fim da tarde, coordenadores da Confraria Celeste Rio começaram uma reunião de cruzeirenses num bar da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Eles se encontram periodicamente em dias de jogo do Cruzeiro. “A Confraria Celeste surgiu aqui no Rio de Janeiro em 2010. Foi um ano em que o Cruzeiro teve várias iniciativas, especialmente para torcedores que estão longe de Belo Horizonte”, conta o professor e cruzeirense João Henrique de Castro, de 30 anos. “Em todos os jogos no Rio a gente está presente, seja para apoiar o time de futebol ou o de vôlei. Em breve a gente vai prestigiar o futebol americano”.
Assim como há exatos 237 dias, os cruzeirenses que moram no Rio de Janeiro receberam o reforço de pelo menos 500 torcedores de outras partes do país e repetiram a festa que chamou atenção na primeira final da Copa do Brasil, em 7 de setembro de 2017. Os amigos Marco e Juninho deixaram a capital mineira à tarde e comemoraram a vaga encaminhada às oitavas de final da Libertadores. “Viemos de carro, estrada tranquila, policiamento tranquilo no Rio e também na entrada do estádio”, relatou Marco. Pelo placar elástico, os R$120 pagos pelo ingresso foram um mero detalhe.
Briga na torcida do Vasco
Enquanto a torcida do Cruzeiro fazia a festa já no primeiro tempo, os vascaínos mostraram revolta e provocaram a paralisação do jogo por sete minutos. Depois de muita confusão em um dos setores de São Januário, a Polícia Militar usou spray de pimenta e dispersou os baderneiros. O principal alvo dos protestos foi o presidente Alexandre Campello. Em coro, os cruz-maltinos gritaram o nome de Julio Brant, candidato derrotado nas eleições presidenciais do início do ano.