“Primeiro que a gente sabia das dificuldades do jogo em si por vários aspectos. Viemos de um jogo extremamente desgastante com derrota no clássico. Isso afeta em coisas importantes na preparação de um atleta. E o Vasco vinha de vitória no primeiro jogo da final. Sabendo disso, certamente o Zé teve a estratégia de tirar algumas coisas do nosso desgaste. Em alguns momentos tivemos essa dificuldade, a bola queimou um pouquinho, o torcedor não estava paciente, o que era normal. Fizemos um bom jogo, mas com dificuldades para criar na última parte do campo. Tivemos volume, pressão, mas com dificuldades”, analisou o treinador, que confia na recuperação de sua equipe nos quatro confrontos restantes da fase de grupos – o próximo será no dia 19 de abril (quinta-feira), às 21h30, contra a Universidad de Chile, em Santiago
“Os jogos de Libertadores são assim, é uma competição na qual você tem que saber jogar. Muita gente já largou bem e não chegou. Outros começaram atrás e cresceram no fim. Nós estamos passando pelo nosso momento de dificuldade. Está dentro do contexto que a competição traz. Temos que resolver o problema, mas o placar foi justo.”
Mano Menezes surpreendeu ao escolher Arrascaeta para suprir a ausência de Raniel, cortado da partida por causa de dores musculares. Com isso, o uruguaio ocupou o lado esquerdo do meio-campo, enquanto Thiago Neves recebeu a missão de ser o atacante. O problema é que o camisa 30, acostumado a organizar o jogo, pouco ficou na grande área. E quem ficava aberto pelas pontas, casos de Rafinha e Egídio, insistia em cruzamentos malsucedidos. No segundo tempo, com a entrada de Sassá na equipe, o Cruzeiro melhorou seu posicionamento e finalizou mais vezes à meta de Martín Silva. A bola, contudo, não entrou.
O treinador celeste justificou a decisão de deixar Sassá como suplente à falta de ritmo de jogo e entendeu que tal escolha não influenciou no rendimento da equipe. “Não dá para pegar um fato e querer justificar a dificuldade que a equipe teve. É enganação para o torcedor. O Cruzeiro jogou assim, foi campeão da Copa do Brasil assim, já perdeu assim. O problema não está aí. O Sassá ainda não é jogador para 90 minutos. Quem conhece o mínimo de futebol, sabe disso. As decisões que a gente toma, certamente têm coerência. Senão os mais de 30 atletas que dirijo, não aceitariam minhas decisões. Não adianta apontar isso ou aquilo. O Cruzeiro é uma equipe que perde, que ganha. E sob o meu comando ganhou mais. O Cruzeiro é uma equipe, vai ter problemas de um jeito ou de outro, mas vai colocar a cabeça no lugar e solucionar, como sempre faço nas minhas equipes.”
Antes de pensar novamente na Copa Libertadores, o Cruzeiro jogará contra o Atlético neste domingo, às 16h, no Mineirão, pelo duelo de volta da final do Campeonato Mineiro. Para ser campeão, o time celeste precisa vencer por dois gols de diferença. Já no dia 14 de abril (sábado), às 16h, a Raposa pegará o Grêmio, também no Gigante da Pampulha, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.
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