Nas redes sociais, o movimento questiona: “Quem acredita na nota da Minas Arena?”. Isso porque a administradora do Mineirão apresentou comunicado à imprensa após o episódio garantindo que “atos de manifestação, comunicados previamente, têm acontecido de forma organizada e, ainda, recebido apoio das mídias do estádio, como o telão e sistema de sonorização”. No vídeo disponibilizado pela Resistência Azul Popular, coronel Sandro Teatini afirma que “aqui (Mineirão) é local de manifestações esportivas, não políticas” e reitera, justificando o motivo pela retirada da faixa: “O que eu questiono é que a questão dela foi politizada”, complementa.
Procurada depois da divulgação do vídeo, a Minas Arena informou que “o assunto será tratado internamente”. Na nota divulgada nesse sábado, a concessionária ainda afirma que "O Mineirão apoia toda manifestação pacífica das torcidas que frequentam o estádio. Para tanto, as faixas posicionadas na arena são previamente apresentadas e aprovadas, em conjunto com autoridades competentes o que, infelizmente, não aconteceu neste caso”.
Entenda o caso
Na noite da última quarta-feira, a vereadora Marielle Franco, 38, e o motorista Anderson Gomes, 39, foram brutalmente assassinados dentro de um carro, na região central do Rio de Janeiro. A principal hipótese da Polícia Civil é que foi uma execução. As circunstâncias do crime fizeram com que o caso ganhasse repercussão mundial e originassem manifestações dentro e fora do país.
Marielle Franco foi a quinta vereadora mais votada da cidade do Rio de Janeiro. Defensora dos direitos humanos e ativista negra, a parlamentar voltava para casa após participar do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, roda de conversa realizada na Lapa, ao ser abordada pelos criminosos.
A vereadora foi atingida com quatro tiros na cabeça. O motorista, por sua vez, foi alvo de três disparos nas costas. Inicialmente, a Polícia Civil é a responsável por investigar o caso.
De acordo com reportagem exibida pela TV Globo, a perícia concluiu que o lote de munições utilizados foi comprado pela Polícia Federal. O caso está sob investigação.
Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro e brutalmente assassinada nessa quinta - Foto: Renan OLAZ/AFP
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De acordo com reportagem exibida pela TV Globo, a perícia concluiu que o lote de munições utilizados foi comprado pela Polícia Federal. O caso está sob investigação.