O Cruzeiro pediu à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), no dia 21 de fevereiro, um posicionamento sobre eventuais sanções a serem cumpridas pelos 30 jogadores inscritos na Copa Libertadores. A intenção era esclarecer se o zagueiro Leo, expulso na Copa Sul-Americana do ano passado, e o lateral-direito Edílson, advertido com o terceiro cartão amarelo na final da última Libertadores, deveriam ou não cumprir suspensão diante do Racing. A entidade só se manifestou oficialmente na tarde dessa terça-feira, horas antes do início da partida no Estádio El Cilindro, em Avellaneda, e notificou o clube que os dois atletas deveriam sim se ausentar da estreia no torneio.
Abaixo, o ofício recebido pelo Cruzeiro nessa terça-feira:
O vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, explicou que o atraso na resposta, por parte da Unidade Disciplinar da Conmebol, forçou o técnico Mano Menezes a relacionar os dois jogadores para a viagem, mesmo sem ter certeza se ia utilizá-los.
Edílson e Leo acabaram sabendo que estavam fora da estreia durante a concentração.
”O Leo tomou dois cartões amarelos no jogo da Sul-Americana, contra o Nacional, no Paraguai, e conseqüentemente levou o vermelho. Havia dúvida se ele podia ou não jogar. O Cruzeiro tentou contar com ele diante do Racing e que ele cumprisse a automática só na Copa Sul-Americana deste ano (2018). Sem a resposta da Conmebol, a gente teve que levar o Leo para a Argentina. Infelizmente, eles só responderam ontem, horas antes do jogo contra o Racing”, explicou Itair Machado.
No caso de Edílson, o cumprimento da suspensão, exigido pela Conmebol, foi por conta do terceiro cartão amarelo recebido por ele enquanto defendia o Grêmio na final da Copa Libertadores de 2017, contra o Lanús, na Argentina. “A gente tentou através de recursos que ele não precisasse cumprir a suspensão automática, pois estamos em outro ano e ele não foi expulso. Foi o terceiro amarelo. Juridicamente, é possível isso. Mas, assim como no caso do Leo, a resposta chegou em cima da hora e nos prejudicou muito”, argumentou o dirigente.
Mesmo sabendo do veto aos dois jogadores desde o começo da tarde de terça-feira, o Cruzeiro tratou o caso em sigilo até o momento da divulgação da escalação, uma hora antes da partida contra o Racing. “Tratamos isso internamente porque o Racing não sabia desse problema com os dois jogadores e foi mais uma estratégia nossa”, explicou Itair.
Sem Edílson, o técnico Mano Menezes optou por Lucas Romero na lateral direita. O volante argentino mais uma vez se saiu bem na função. Já na zaga, o lugar de Leo foi ocupado por Manoel. Ele formou a dupla com Murilo. Este ano, os dois defensores já haviam atuado juntos nas vitórias por 4 a 0 sobre o Uberlândia e por 1 a 0 sobre o Villa Nova, pelo Mineiro. Na Argentina, o Cruzeiro acabou perdendo por 4 a 2 para o Racing.
Agora livres de suspensão, Leo e Edílson ficam à disposição para o jogo com o Vasco, em 4 de abril, no Mineirão, pela segunda rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores.
Agora livres de suspensão, Leo e Edílson ficam à disposição para o jogo com o Vasco, em 4 de abril, no Mineirão, pela segunda rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores.