O Cruzeiro perdeu por 4 a 2 para o Racing nessa terça-feira, em Avellaneda, na Argentina, na abertura do Grupo 5 da Copa Libertadores. Os dois times se alternaram no controle do jogo, mas os argentinos aproveitaram as chances que tiveram e largaram na frente na briga pela classificação às oitavas de final. No primeiro tempo, quando a partida estava empatada por 1 a 1, Arrascaeta acertou a trave. Na etapa final, Rafinha desperdiçou a oportunidade de empatar ao carimbar o travessão com a meta aberta. O rival sul-americano vencia por 2 a 1. A fragilidade defensiva celeste também pesou no resultado.
No vestiário do Estádio El Cilindro, os jogadores do Cruzeiro não viram terra arrasada. Thiago Neves, por exemplo, assistiu ao primeiro tempo do banco de reservas e considerou a partida igual. Com ele em campo, na reta final do jogo, o time manteve a produção ofensiva. Para o camisa 30, o diferencial foi a eficiência do Racing.
“A questão não é que (o Cruzeiro) jogou mal. Não acho que jogamos mal, mas erramos muito. E errar numa competição dessa contra um time bom, que pressiona bem jogando em casa, não pode acontecer. O jogo de hoje serve de aprendizado. É melhorar e trabalhar para que isso não aconteça no clássico”, declarou.
Thiago Neves considerou acertada a decisão do técnico Mano Menezes de escalar Arrascaeta como titular e deixá-lo no banco. O meia precisou passar por uma mini pré-temporada neste mês de fevereiro para melhorar o condicionamento físico. “O time já vinha num ritmo bom, jogando bem também. Estou voltando de uma mini pré-temporada, então acho que foi justa a decisão dele. Mas foi bom. Fazer o quê? Hoje a gente perdeu para um time que pressionou bem e jogou melhor. Em Libertadores você não pode errar. Quando erra, acontece isso”.
Rafael vê como aprendizado
Rafael vê como aprendizado
O goleiro Rafael concordou com Thiago Neves sobre o equilíbrio na partida. “As duas equipes poderiam ter saído com o resultado positivo. Eles foram mais felizes na conclusão, e nós pecamos na bola parada. Vai ser um jogo que nos servirá de aprendizado. Queríamos sair com bom resultado, mas vamos tirar lições. E temos de pegar as coisas boas em campo e dar sequência na Copa Libertadores”.
Além do resultado de 4 a 2, o goleiro lamentou que a oportunidade de jogar tenha vindo por conta do falecimento do pai de Fábio, titular da meta celeste. “Muito triste, né?! Ficamos sabendo bem à noite já (na segunda-feira). E tinha a preocupação com o Fábio e seus familiares. É uma situação que chateou muito. Ele foi para o Brasil, era preciso. Há coisas que superam o futebol. Ele estava de lá torcendo por nós, e nós representamos o Cruzeiro. O Fábio já vai voltar no próximo jogo, tenho certeza, e daremos continuidade aos treinamentos. Estamos num ano muito bom e não podemos apagar o que estamos fazendo”.
Dia feliz dos argentinos
Dia feliz dos argentinos
O lateral Egídio, autor da assistência para o primeiro gol do Cruzeiro, feito por Arrascaeta, de cabeça, manteve o discurso de um Racing mais efetivo nas conclusões. “Sabíamos que seria difícil na casa deles, com os torcedores incentivando. Tivemos maturidade na partida, mas perdemos por um detalhe. O time deles é bom, assim como o nosso também é. Foi um jogo de oportunidades, no qual eles saíram felizes. Tivemos um volume bom, com muitas oportunidades. Por um detalhe não conseguimos sair com a vitória. As oportunidades que eles tiveram, eles fizeram os gols. Falamos que se não desse para ganhar, não poderíamos perder. Infelizmente perdemos. Faz parte do jogo. Agora é concentrar para se reerguer e conseguir a recuperação em casa”.
O próximo compromisso do Cruzeiro na Copa Libertadores será no dia 4 de abril, no Mineirão, em Belo Horizonte, contra o Vasco, pela segunda rodada do Grupo 5. O Racing visitará a Universidad de Chile no dia 3 de abril, em Santiago.
Pelo Campeonato Mineiro, o Cruzeiro fará no domingo, às 11h, no Independência, o clássico contra o rival Atlético. O duelo será válido pela nona rodada. Fred é dúvida na equipe celeste.