Depois da resolução das pendências financeiras entre Cruzeiro e Vitória, David enfim foi apresentado pela diretoria celeste na tarde desta terça-feira, na Toca da Raposa II. Adquirido ao Vitória por 2,5 milhões de euros (R$ 9,6 milhões) – valor referente a 70% de seus direitos econômicos –, o jogador falou sobre seus objetivos no clube em entrevista coletiva. Assim que se recuperar de lesão muscular na coxa direita e estiver à disposição do técnico Mano Menezes, ele vislumbra parceria com Fred e Thiago Neves, que são os principais atletas do setor ofensivo da equipe.
No ano passado, David jogou 63 partidas pelo Vitória e marcou 11 gols. Para 2018, já há uma meta estabelecida: superar a quantidade de tentos assinalados no ano passado. “Jogador tem que ter metas. Nas férias, já tem que começar a pensar para ter um ano brilhante. Infelizmente essa lesão me tirou o começo do ano em campo. Mas o que eu penso é que não posso ser inferior ao que produzi na temporada passada. Com esses jogadores no elenco do Cruzeiro, minha meta vai ser maior. Quero fazer mais gols que no ano passado”.
O novo camisa 11 celeste também agradeceu aos companheiros pela boa recepção que teve assim que chegou ao clube. “Fui abraçado desde o primeiro momento que cheguei. Todos os jogadores perguntaram como eu estava, queriam saber se já tinha resolvido, isso me motivou ainda mais. Com relação à torcida, acompanhei os jogos em casa, uma sensação maravilhosa, então espero corresponder às expectativas e retribuir tudo que estão fazendo por mim”.
Com o reforço para o ataque, o Cruzeiro mantém a tradição de contratar jogadores de destaque revelados pelo Vitória. Alguns deles se tornaram ídolos do clube, casos do goleiro Dida e do atacante Alex Alves, ambos da década de 1990.
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Lesão e recuperação
“Acabei tendo uma lesão no fim do Campeonato Brasileiro. Pensei que era uma lesão simples, que no começo do ano agora estaria bem, mas infelizmente não foi assim. Foi uma lesão mais grave. Foi o que ocasionou tudo isso aí, essa demora. Mesmo com tudo isso, a diretoria confiou em mim e no meu trabalho, apostou em mim. Tudo acabou se resolvendo. Estou me recuperando bem, muito feliz, e é isso que importa”.
Concorrência com Rafinha
“Rafinha é ótimo jogador. Quando ele entra dentro de campo, ele levanta a torcida e leva o time junto com ele. Esse ritmo de jogo faz parte da minha característica. É o que encanta o torcedor. Vai ser um prazer jogar com ele, que tem minhas características. Será uma briga sadia, com cada um buscando o seu espaço”.
Pode jogar como centroavante?
“Estou aqui para ajudar, como disse. Joguei poucas vezes como 9. Mais por improviso mesmo. Até pelo meu ritmo de jogo, que é de velocidade, de jogar mais aberto. Mas não sentiria dificuldades de jogar centralizado não”.
Trajetória até o profissional do Vitória
“Até eu chegar ao Vitória não foi fácil. Eu vim de uma cidade de onde o futebol não é bem visto. Logo que cheguei ao Vitória, não tinha lugar para ficar. Então, graças aos jogadores que me acolheram lá, eu me mantive. Depois tudo se resolveu, tudo melhorou e o Vitória me deu suporte para crescer. Por ser jogador da base, às vezes a torcida pegava no pé, mas consegui dar a volta por cima e fui reconhecido”.