“Em breve soltaremos uma nota sobre o Cruzeiro no que se refere ao estádio. Mas o problema do Cruzeiro com a Minas Arena, essa que é a empresa detentora do contrato do estádio, era mais de relacionamento. Hoje já está totalmente resolvido. O Cruzeiro está pagando em dia os jogos que têm feito no Mineirão”, garantiu Itair. “Em relação aos débitos, temos um excelente relacionamento. Já estamos conversando, o presidente que está tocando, para podermos readequar o contrato. Estamos tentando encontrar uma solução boa para o Cruzeiro e o parceiro”, complementou.
O vice-presidente de futebol do Cruzeiro ainda afirmou que o custo dos jogos no Mineirão caiu em 2018. “Realmente, um estádio como o Mineirão, o custo é elevado. Então já está, sim, iniciando as conversas (para renegociar o contrato). O custo desses jogos hoje já caiu. Temos um excelente relacionamento com a Minas Arena e a gente acredita que nesses próximos 60 dias, principalmente para o público do Brasileiro e Libertadores, vamos encontrar uma solução que seja ainda melhor para o Cruzeiro, sem prejudicar a detentora do contrato, que é a Minas Arena”, finalizou.
Procurada, a Minas Arena informou que a renegociação está em pauta e um grupo de trabalho está sendo constituído entre Mineirão e Cruzeiro para tratar a questão. “Referente aos custos operacionais, o Cruzeiro já solicitou o fechamento das despesas de operação dos jogos realizados pelo clube no Mineirão em 2018 para pagamento”, complementou, em nota, a administração do estádio. Sobre o valor desembolsado pelo clube para pagar taxa de operação, a Minas Arena diz que, por contrato, “a participação do clube no custeio da taxa de operação segue 70%".
Em março de 2016, a Minas Arena acionou o Cruzeiro na Justiça para cobrar dívida referente a cláusulas contratuais. Na época, o valor exigido pela administradora do estádio era de R$9 milhões. Em 2013 e 2014, balanço financeiro da concessionária já indicava dívidas de R$1,64 milhão e R$3,89 milhões, respectivamente. Nesta terça-feira, o Mineirão preferiu não comentar valores. A antiga administração justificava o não pagamento da taxa de operação porque a operadora concedeu a isenção dessa taxa ao Atlético na decisão da Copa Libertadores contra o Olimpia-PAR, em 2013.