- Murilo (R$12,2 milhões de clube italiano por 80% dos direitos econômicos)
Tratado no Cruzeiro como jogador de maior potencial de venda, o zagueiro Murilo despertou interesse de um clube de médio porte da Itália. Em outubro, o vice-presidente de futebol, Itair Machado, revelou em entrevista à Rádio 98FM que recusou oferta de 4 milhões de euros (R$15,3 milhões na cotação da época) por 100% dos direitos econômicos do camisa 25. Como tem 80% dos direitos econômicos do camisa 35, a Raposa ficaria com cerca de R$12,2 milhões - Arrascaeta (R$13,8 milhões do Orlando City-USA por 30% dos direitos econômicos)
A primeira proposta concreta da janela de transferências foi pelo uruguaio Arrascaeta.Em novembro de 2017, dois meses após a conquista da Copa do Brasil, o Orlando City, dos Estados Unidos, ofereceu 6 milhões de euros (R$23 milhões) por 50% dos direitos do meia-atacante. O jogador foi o responsável por recusar a oferta, contrariando, inclusive, o desejo do então presidente, Gilvan de Pinho Tavares. Detentor de 30% dos direitos econômicos, o clube celeste ficaria com 3,6 milhões de euros – cerca de R$ 13,8 milhões. - Thiago Neves (R$31,6 milhões do Al-Hilal-EAU por 100% dos direitos econômicos)
A proposta pelo camisa 30, principal jogador do Cruzeiro na conquista da Copa do Brasil, foi a maior recebida na janela de transferências. O Al-Hilal, da Arábia Saudita, topou pagar a cláusula de 10 milhões de dólares (R$31,6 milhões), que obrigaria a Raposa a liberar Thiago Neves caso o jogador quisesse se transferir para o Mundo Árabe. Ele optou por permanecer na Toca da Raposa II mesmo com a possibilidade de receber 12 milhões de dólares em um contrato de dois anos. - Lucas Romero (R$5,7 milhões do Veracruz-MEX por 50% dos direitos econômicos)
Espécie de 12º jogador do elenco de Mano Menezes, Lucas Romero despertou interesse de duas equipes em janeiro: Veracruz, do México, e Las Palmas, da Espanha. Sobre a proposta mexicana, o Cruzeiro receberia 1,8 milhão de dólares (R$ 5,7 milhões) por 50% dos direitos econômicos do meio-campista. Em relação ao Las Palmas, a proposta seria por empréstimo. O Cruzeiro receberia 500 mil euros (R$ 1,9 milhão) pelo negócio e fixaria 100% dos direitos por 4 milhões de euros (R$ 15,76 milhões)
O presidente Wagner Pires de Sá valorizou o esforço da atual gestão de segurar os principais jogadores. A expectativa dele é ver o programa Sócio do Futebol crescer em adesões no primeiro semestre, de modo que o Cruzeiro não dependa mais das vendas para quitar as pendências na Fifa. “Nós temos que ganhar títulos e só se ganha títulos com uma equipe forte, bem formada, e nós não queremos desmanchar essa equipe. Todo nosso esforço tem sido até agora em manter o grupo vencedor que tínhamos e reforçamos em pontos ...dois laterais, dois atacantes, mais dois meias, o Bruno Silva que é volante também, agora o Mancuello, então o nosso maior empresário ainda é o nosso torcedor. Vamos contar com nossos torcedores. Se nós aumentarmos, chegarmos a cem mil participando do sócio do futebol, nós tranquilamente vamos ter renda para acertar todos esses problemas.
Embora tenha segurado três jogadores importantes do elenco de Mano Menezes, o clube perdeu três jogadores considerados titulares. Diogo Barbosa foi negociado com o Palmeiras, ainda por Gilvan de Pinho Tavares, por R$5,8 milhões. Hudson retornou ao São Paulo depois de a Raposa optar por não fazer o investimento de R$5,8 milhões. Já Alisson acabou envolvido na troca com o Grêmio pelo lateral-direito Edilson, que chegou à Toca da Raposa II.
Em relação aos débitos do Cruzeiro na Fifa, são nove jogadores contratados que não tiveram suas compras quitadas na totalidade: Arrascaeta (Defensor-URU, R$ 4,36 milhões); Willian (FC Zorya-UCR, R$ 3,79 milhões); Gonzalo Latorre (Atenas-URU, R$12,1 milhões); Denílson (Al Wahda-EAU, R$3,2 milhões); Rafael Sobis (Tigres-MEX, R$6,54 milhões); Riascos (Monarcas Morelia-MEX, R$3,7 milhões); Pisano (Independiente-ARG, R$1,8 milhões); Caicedo (Independiente del Valle-EQU, R$10,7 milhões) e Ramón Ábila (Huracán-ARG, R$3,27 milhões). As dívidas totalizam R$49.764.795,40.
Wagner Pires de Sá disse já trabalhar nos bastidores para chegar a acordo com os clubes credores. “Nós infelizmente recebemos da gestão passada um passivo muito grande, estamos discutindo algumas coisas na Justiça, ou seja, temos algum tempo em alguns processos, em outros vamos buscar acordos com clubes, com empresários, com aqueles que entraram na Justiça. De alguma maneira temos que acertar essa parte, é um peso que vem em cima do clube, então não podemos deixar no nível de perturbar a nossa equipe nessa caminha, que será longa e muito difícil”, acrescentou o presidente do Cruzeiro.