O comandante passou tais orientações principalmente a Egídio, visto como lateral-esquerdo de muita intensidade no ataque. Já Edilson, embora tenha a qualidade de ser um bom cobrador de faltas, mostrou disciplina na marcação quando esteve a serviço do Grêmio nos últimos anos.
"Tem a ver com posicionamento. Os laterais precisam revezar, não utilizamos os dois apoiando ao mesmo tempo – a menos que mudemos a maneira de jogar especificamente numa situação. Até brinquei com o Egídio que era para ele jogar um pouco menos. Geralmente o treinador pede para jogar mais, já eu pedi para que ele jogasse menos. Quero que ele chegue à frente para ser decisivo, essa é a chegada importante de um lateral", justificou Mano Menezes, que até aprova as subidas, mas em momentos específicos.
"Na medida em que você vai 20 vezes, ninguém vai fazer 20 grandes jogadas, mas certamente você vai tomar 15 bolas nas costas para o zagueiro sair do lugar e fazer cobertura ou o volante abrir o meio-campo. Esse é o parâmetro que a gente gosta. O referencial dos dois é o companheiro que está do outro lado. Egídio cuida de Edilson, Edilson cuida de Egídio e assim eles vão revezando. Há espaço para todos de qualidade. Vão ter muitas oportunidades boas para eles ajudarem o Cruzeiro”.
Em breve, Mano Menezes testará na lateral esquerda o jovem Marcelo Hermes, de 22 anos, contratado por empréstimo ao Benfica de Portugal por um ano. No lado direito, Ezequiel se recuperou de cirurgia de hérnia, voltou a treinar com o grupo e nos próximos dias será opção a Edilson. Lucas Romero foi quem jogou improvisado na posição nos dois primeiros embates de 2018 (vitória sobre o Tupi por 2 a 0, no Mineirão, e empate por 0 a 0 com a Caldense, em Poços de Caldas).
No sábado, às 19h, o Cruzeiro volta a campo para enfrentar o Tombense, no Ipatingão, pela quarta rodada do Campeonato Mineiro.