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Mano vê Cruzeiro com grande repertório e diz que jogo contra o Uberlândia poderia ter placar ainda mais dilatado

Treinador afirma que time celeste poderia ter feito pelo menos seis gols

postado em 25/01/2018 01:44 / atualizado em 25/01/2018 10:50

Ramon Lisboa/EM/D.A. Press
O placar de 4 a 0 obtido pelo Cruzeiro contra o Uberlândia só não foi maior porque o goleiro Felipe, ex-Corinthians e Flamengo, teve boa atuação na noite desta quarta-feira, no Mineirão. Mesmo sendo vazado várias vezes, o veterano de 33 anos apareceu bem durante os 90 minutos, fazendo grandes defesas em conclusões de Henrique, Arrascaeta e principalmente Fred. Segundo o Footstats, a Raposa finalizou 27 vezes na partida, das quais 11 foram em direção à meta uberlandense. Já a posse de bola ficou em 66% a 34% para os donos da casa. 

O técnico Mano Menezes gostou do que viu e projetou um time com grande possibilidade de praticar um futebol diferente do apresentado em 2017. No ano passado, o Cruzeiro tinha como característica cuidar da marcação para explorar os contra-ataques. Em 2018, tende a se soltar mais. Prova disso foram as trocas rápidas de passes entre os atletas durante os 90 minutos. Todos do setor ofensivo participaram dos lances de perigo da equipe.

"Acho que foi qualificada. E a qualificação começa a ser percebida na variação de jogadas que tivemos. Melhorou o repertório, e era isso que nós queríamos. São jogadores que naturalmente se entendem em pouco tempo de clube. E isso tem a ver com a característica individual de cada um", disse o treinador, que mencionou um ligeiro momento de delize do time na partida para depois citar que a diferença poderia ter sido maior.



"É cuidar um pouquinho para não exagerar. Num determinado momento do segundo tempo deixamos o jogo ficar lá e cá, e isso não serve para quem está ganhando de 2 a 0. Serve para quem está perdendo por 2 a 0. Se ficar na ânsia de fazer o terceiro, desestrutura a equipe e cede o contra-ataque ao adversário. Então isso é a maturidade que a gente precisa ter para todos os jogos, independentemente do nível do adversário que enfrentaremos. É uma coisa a ser guardada para toda a temporada. Mas fizemos quatro, poderíamos ter feito seis, isso deixa bem clara a qualidade da equipe. Agora é fazer os ajustes que precisamos fazer, como recuperar alguns jogadores. Hoje o Edilson estreou e foi bem. Daqui a pouco teremos o Marcelo Hermes do outro lado, pois o Egídio jogou os três jogos. Vamos dar a condição de todos os jogadores irem se preparando, pois o grupo precisará de todos em boas condições."

Mano Menezes também falou sobre a decisão de escalar o trio ofensivo formado por Arrascaeta, Thiago Neves e Fred. De acordo com o treinador, essa formação será repetida ou modificada conforme as características dos adversários. Numa situação de deixar o time mais atuante pelas pontas, por exemplo, Rafinha é quem terá preferência.



"Iniciamos bem pela direita, com boas passagens. Depois afunilamos um pouco pela característica dos próprios jogadores. Nenhum deles é jogador de beirada na essência, como Rafinha que entrou é, como Sobis pode ser. São esses ajustes que precisamos fazer. Um lado do campo sempre precisa da amplitude lateral para abrir a defesa do adversário e ter um pouquinho calma na construção da jogada. Isso só vem com a repetição, com imagens, com correções. São jogadores com poder de definição muito grande e temos a facilidade de aproximação por dentro exatamente por essa característica. Trouxe o Robinho um pouco mais para trás, ele tem ótimo passe e dá a mescla que a equipe precisa. Mas não adianta querer sempre ir em direção ao gol, pois você pega um adversário bem postado. Precisamos de mais paciência, mas isso vem com o tempo e com o resultado que dão confiança aos jogadores."

Da mesma forma que fez nos confrontos anteriores, o técnico deverá mudar peças no duelo de sábado, às 19h,  contra o Tombense, no Ipatingão. A decisão será tomada nas atividades desta quinta e de sexta-feira, na Toca II.

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