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Chegada de Mancuello aumenta número de gringos no Cruzeiro e acirra disputa no meio

Novo integrante de 'La Banda', argentino elogia recepção: 'Uma família mesmo'

postado em 19/01/2018 09:06

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

“La Banda”, como se autodenominam os jogadores estrangeiros no Cruzeiro, ganhou reforço. Mas o argentino Federico Mancuello sabe que precisa estar atento para se dar bem no novo clube, no qual vários compatriotas brilharam, mas há outros que saíram sem deixar saudade.

Ele promete muita dedicação, ainda que saiba que a concorrência é grande, inclusive com compatriotas como os volantes Ariel Cabral e Lucas Romero e o armador uruguaio De Arrascaeta. “Sempre que há disputa, e ela é boa, o beneficiado é o Cruzeiro. Estamos aqui para fazer o melhor pelo clube. Quando tiver chance, vou fazer tudo para ganhar a vaga, mas com muito respeito. Venho para somar. É uma temporada longa e todos têm de estar preparados”, afirma o jogador, que se sente à vontade para atuar em qualquer das posições no meio-campo.

Para se dar bem, Mancuello pretende mostrar técnica e também a famosa garra argentina. Foi aliando as duas qualidades que jogadores como o zagueiro Perfumo – estrangeiro que mais vestiu a camisa cruzeirense, ao lado do uruguaio De Arrascaeta –, o lateral-esquerdo Sorín e o armador Montillo escreveram seus nomes na história celeste. Foi também como Romero e Cabral caíram nas graças dos torcedores e buscam se manter no time.

Por outro lado, há os casos dos que fracassaram de forma retumbante. Um dos mais emblemáticos foi de um ex-companheiro de Mancuello no Independiente-ARG, o atacante Farías. O jogador ficou dois anos na Toca da Raposa II, disputou 35 jogos e fez oito gols, porém ficou marcado por receber salário de US$ 100 mil (cerca de R$ 200 mil à época) e não ficar nem no banco de reservas no fim do contrato.

“O Farías só me falou coisas boas a respeito do Cruzeiro”, lembra o armador, que diz sempre ter buscado informações a respeito do clube celeste, muito respeitado no país natal pelas conquistas internacionais.

Há ainda o volante Prediguer, que passou pelo clube em 2010 e não entrou em campo uma única vez. Em 2016, o volante Sánchez Miño e o armador Pisano também não conseguiram ser firmar, bem como o armador Martinuccio, de 2012 a 2014.

Não se pode dizer que Mancuello apenas passou pelo Flamengo, pelo qual disputou 69 jogos e marcou 10 gols. Mas é certo que ele realmente foi subaproveitado na equipe carioca, principalmente porque se saiu bem na maioria das vezes em que foi escalado, como ele próprio considera. “Na temporada passada tive a oportunidade de fazer três jogos como titular e neles eu fiz dois gols. O grupo também era grande, com grandes nomes. Fico feliz de ter ajudado nas vezes em que joguei. Sou grato ao Flamengo, deixei muitos amigos lá, mas agora minha cabeça está voltada só para o Cruzeiro. Tanto que não tive nenhuma dúvida de vir para cá. Só falam coisas grandes do Cruzeiro na Argentina, um clube vencedor.”

FAMÍLIA
Mancuello está em Belo Horizonte desde terça-feira e ontem realizou as primeiras atividades em campo. Ele destacou a boa recepção não só por parte dos compatriotas, mas de todo o grupo, o que considera muito importante para que a equipe alcance os objetivos: “Chamou a minha atenção a união do grupo, é uma família mesmo. Depois do jantar, de alguma atividade, fica todo mundo junto. Isso faz a diferença”.

O armador, de 28 anos, também ficou encantado com o primeiro contato com a torcida celeste, que compareceu em grande número ao primeiro jogo da temporada, os 2 a 0 sobre o Tupi, na noite de quarta-feira, no Mineirão – foram mais de 42 mil presentes. “O que a nação azul fez foi incrível. Esse é um dos motivos que vão nos levar a lutar por títulos. A festa foi muito grande, fiquei muito feliz quando vi meu nome no telão e eles comemorando.”



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