Ainda que não escale todas as contratações feitas em 2018, o Cruzeiro garantiu que os sete reforços serão apresentados ao público já na quarta-feira, antes do jogo contra o Tupi (21h45), no Mineirão, pela rodada de estreia do Campeonato Mineiro. A iniciativa de criar um grande espetáculo no Gigante da Pampulha movimentou a torcida, que compareceu em bom número aos pontos de venda física e buscou as entradas também via aplicativo/site oficial do programa sócio do futebol.
Até essa segunda-feira, mais de 25 mil entradas foram comercializadas pelo clube. A projeção da diretoria é que o público ultrapasse 30 mil pagantes. Seria um ponto fora da curva no Campeonato Mineiro, que não costuma atrair grande quantidade de espectadores, principalmente quando os confrontos são contra equipes do interior.
Mas é justamente a possibilidade de ver as “caras novas” em campo que impulsiona os cruzeirenses. Dos sete contratados, três já devem ficar à disposição do técnico Mano Menezes: os laterais-esquerdos Egídio e Marcelo Hermes e o volante Bruno Silva.
O lateral-direito Edílson ainda precisará de alguns dias de preparação física, enquanto o atacante David se recupera de lesão na coxa direita. O centroavante Fred, por sua vez, depende de liberação do Atlético, seu ex-clube, para ter o nome registrado no BID da CBF, o que não ocorrerá nesta terça-feira. Já o volante/meia Mancuello, contratado ao Flamengo, chegará a Belo Horizonte no mais tardar até esta quarta-feira.
Além dos contratados, os cruzeirenses terão outras atrações na noite desta quarta-feira. Haverá show sertanejo com o cantor Marcelinho Rodrigues e food trucks (carros de comida) na esplanada do Mineirão (leia os detalhes do evento La Bestia Negra).
Atrativos do passado
Superar os 20 mil torcedores em estreias em casa é um feito raro para o Cruzeiro nos últimos 20 anos. Alguns eventos, porém, ajudaram nessa missão. Em 2002, a contratação do atacante Edílson atraiu um bom público para o estádio. Na partida contra o Juventude, pela Copa Sul-Minas, 26.401 torcedores assistiram à vitória celeste por 1 a 0, gol do lateral-direito Maicon. Nessa ocasião, Edílson – que vestia a camisa 22 – teve boa atuação e já mostrou seu repertório de dribles, mas desperdiçou uma cobrança de pênalti. Na sequência da competição, o “Capetinha” marcou 10 gols, ajudou a Raposa a levantar o troféu e posteriormente foi convocado para representar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, da qual também se sagrou campeão.
A estreia como mandante em 2007 também mexeu com os ânimos da torcida. O Cruzeiro, que havia repatriado o ídolo Ricardinho no futebol japonês, tinha no elenco vários jogadores renomados, como o goleiro Fábio, o lateral-direito Gabriel, o zagueiro André Luís, o meia Geovanni e o atacante Araújo. A goleada por 4 a 0 sobre o Guarani de Divinópolis diante de 21.297 torcedores gerou grande expectativa, mas os comandados do técnico Paulo Autuori falharam na disputa pelo título estadual. No Brasileiro, o elenco foi bastante modificado e, sob a direção de Dorival Júnior, conquistou um honroso quinto lugar, classificando-se para a fase preliminar da Copa Libertadores de 2008.
Já em 2013, um clássico entre Cruzeiro e Atlético marcou a inauguração do novo Mineirão, reformado para as disputas da Copa das Confederações (2013) e da Copa do Mundo (2014). Com público meio a meio (52.989 pagantes), o time celeste levou a melhor por 2 a 1, gols de Marcos Rocha (contra) e Dagoberto. Araújo anotou o tento atleticano. A temporada foi produtiva para os dois clubes: enquanto a Raposa ganhou o Brasileiro, o alvinegro faturou o Estadual e a Libertadores.
As estreias do Cruzeiro diante de sua torcida nos últimos 20 anos