“Eles (Caixa) não vão renovar com todos os clubes para o próximo, reduziram o orçamento, mas mantiveram o Cruzeiro numa perspectiva, naturalmente, de aumentar os bônus para campeonato vencido e sobre Libertadores. São detalhes que, no início de janeiro, antes de assinar o contrato, vamos definir com a Caixa”, afirmou Marco Antônio Lage, vice-presidente executivo da nova gestão do Cruzeiro, em entrevista ao Superesportes.
“O contrato pode chegar a R$20 milhões com os bônus. Essa é a nossa expectativa. De qualquer maneira, uma confirmação oficial da Caixa de manutenção do patrocínio para 2018 o que é muito nesse cenário ainda de crise, de dificuldades de conseguir patrocínios. É muito bom ter a Caixa, que é um grande patrocinador, talvez o maior do país hoje”, complementou o dirigente.
Nesta temporada, o Cruzeiro recebeu uma cota fixa de patrocínio de R$11 milhões e mais um bônus de R$500 mil pelo título da Copa do Brasil. Se tivesse vencido o Campeonato Brasileiro, a Raposa somaria mais R$1 milhão e alcançaria R$12,5 milhões, valor máximo do acordo de 2017. O rival Atlético, por exemplo, que disputou a Libertadores e poderia ter chegado ao Mundial nesta temporada, poderia ter fechado o ano com contrato de até R$16 milhões - além da Série A e da Copa do Brasil, a Caixa estipulou bônus de R$2 milhões pelo Mundial e R$1,5 milhão pela Libertadores.
Em 2018, o Cruzeiro tem planos mais ambiciosos para a bonificação de títulos: quer que o contrato alcance até R$20 milhões em caso de múltiplos troféus na temporada. Para isso, o presidente eleito Wagner Pires de Sá aposta no poder de negociação de Marco Antônio Lage, seu novo executivo, e que já esteve “do outro lado”. Funcionário de carreira da Fiat, ele foi responsável por negociar inúmeros contratos de patrocínio com clubes de futebol no passado representando a empresa automotiva.
Indefinição só na manga
Se por um lado o Cruzeiro recebeu a sinalização positiva da Caixa para a renovação de contrato, por outro o clube soube que a Vilma Alimentos não seguirá estampando sua marca na camisa celeste. A empresa mineira, que tem seus principais administradores como conselheiros do Cruzeiro, definiu cortar o investimento a partir de 2018. Já há negociação com outras empresas interessadas no espaço.
Além da Caixa, o Cruzeiro seguirá estampando as marcas da Cemil, de laticínios, nas omoplatas; o Supermercados BH abaixo dos números, além da Uber, de transporte por aplicativo, no calção. A linha esportiva do clube é de responsabilidade da Umbro, que promete lançamento de novo uniforme já para o início da temporada.
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