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CRUZEIRO

Com nove artilharias na carreira, Fred foi o último jogador a alcançar marca de 40 gols em uma só temporada pelo Cruzeiro

Em 2005, centroavante conseguiu impressionante média de 0,93 gol por jogo

Rafael Arruda
Fred marcou 40 gols em 43 jogos pelo Cruzeiro em 2005, com média de 0,93 tentos por partida - Foto: Paulo Filgueiras/EM D.A Press
Grande contratação do Cruzeiro para 2018, Fred coleciona artilharias na carreira. As duas primeiras foram pelo próprio time celeste, em 2005: Campeonato Mineiro (13 gols) e Copa do Brasil (14 gols). No Fluminense, onde passou a maior parte da carreira, o centroavante ampliou o currículo: Campeonato Carioca 2011 (10 gols), Campeonato Brasileiro 2012 (20 gols), Campeonato Brasileiro 2014 (18 gols) e Campeonato Carioca 2015 (11 gols). No Atlético, ficou no topo do ranking do Brasileiro de 2016 (14 gols – dois no Flu e 12 pelo time alvinegro) e do Estadual de 2017 (9 gols). Já na Seleção Brasileira, foi o goleador máximo da Copa das Confederações de 2013 (5 gols). Apenas no Lyon-FRA o atacante não conseguiu terminar uma competição como melhor marcador.

Uma curiosidade mostra o quão inquestionável é o faro de gols de Fred. Em 2005, ele marcou 40 gols em 43 jogos pelo Cruzeiro – média de 0,93 por partida – antes de ser vendido ao Lyon, em agosto, por 15 milhões de euros (R$ 43 milhões). À época, o jogador do elenco cruzeirense que mais se aproximou do ex-camisa 9 foi o meia Kelly, que ficou por toda a temporada na Toca da Raposa II e contabilizou 22 gols em 61 partidas.

Desde então, nenhum atleta do clube conseguiu romper a “barreira” dos 40 gols num mesmo ano.
Longe disso. Guilherme, em 2008, marcou 23 gols. Wellington Paulista fez 26 em 2009 e 28 em 2012. Também com 24 gols, Marcelo Moreno e Ricardo Goulart ficaram empatados em 2014. Nos últimos três anos, os goleadores celestes não passaram dos 20 gols: Leandro Damião, 18 (2015); Arrascaeta, 14 (2016); e Thiago Neves, 17 (2017).

Até mesmo antes do feito de Fred é difícil encontrar quem tenha alcançado 40 ou mais gols pelo Cruzeiro em uma só temporada. Em 2003, o armador Alex, grande destaque do time campeão da Tríplice Coroa (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro), marcou 39 vezes em 64 jogos. Em 2000, Oséas anotou 33 gols. Um ano antes, Alex Alves balançou as redes 34 vezes - mesma quantidade de Fábio Júnior em 1998.

Maior artilheiro da história do Cruzeiro com 245 gols, Tostão atingiu a “barreira” dos 40 tentos na mesma temporada somente em 1967 (52 jogos). Nos demais anos, o craque ficou abaixo da marca.

Quem registrou números superiores foi João Fantoni, o Ninão, detentor da melhor média de gols do clube: 1,29 por partida (165 em 127 jogos). O atacante do Palestra Itália das décadas de 1920 e 1930 marcou 51 gols em 18 partidas em 1928 (média de 2,83) e 48 em 21 partidas em 1929. Em ambos os anos, o Cruzeiro se sagrou campeão mineiro, com Ninão sendo artilheiro: 43 e 33 gols, respectivamente.

Os 20 últimos artilheiros por temporada no Cruzeiro

2017: Thiago Neves (17 gols)
2016: Arrascaeta (14 gols)
2015: Leandro Damião (18 gols)
2014: Ricardo Goulart e Marcelo Moreno (24 gols)
2013: Borges (19 gols)
2012: Wellington Paulista (28 gols)
2011: Montillo (21 gols)
2010: Thiago Ribeiro (23 gols)
2009: Wellington Paulista (26 gols)
2008: Guilherme (23 gols)
2007: Araújo (17 gols)
2006: Giovane Élber (18 gols)
2005: Fred (40 gols)
2004: Jussiê (21 gols)
2003: Alex (39 gols)
2002: Fábio Júnior (23 gols)
2001: Oséas (22 gols)
2000: Oséas (33 gols)
1999: Alex Alves (34 gols)
1998: Fábio Júnior (34 gols)

Jogos/gols de Fred na carreira:

América: 57 jogos/34 gols
Cruzeiro: 71 jogos/56 gols
Lyon-FRA: 125 jogos/43 gols
Fluminense: 288 jogos/172 gols
Atlético: 83 jogos/42 gols
Seleção Brasileira: 40 jogos/18 gols
Total: 664 jogos/365 gols

* Fred marcou duas vezes na vitória por 4 a 1 sobre o Botafogo (19ª rodada do Brasileiro de 2005) e uma no triunfo por 2 a 1 diante do Paysandu (12ª rodada). As duas partidas foram anuladas pelo STJD após denúncia de manipulação de resultados por parte do árbitro Edílson Pereira de Carvalho. O Cruzeiro, então, contabilizou os dois confrontos como amistosos.



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