Aparentemente, não ficou nenhum ressentimento entre as partes. Prova disso é que Mano aprovou a chegada de Fred, segundo revelou Itair Machado ao Superesportes. O atacante também topou trabalhar com o comandante gaúcho.
O desentendimento entre Mano Menezes e Fred começou no jogo entre Brasil e México, em outubro de 2011. Mano escalou um time sem centroavante – a equipe jogou com Lucas, Neymar e Hulk. Fred acompanhou o jogo todo do banco.
“Eu nem penso em Seleção enquanto o Mano estiver lá, cara. Desde o jogo contra o México que não tinha centroavante para jogar e ele colocou o Lucas para jogar de centroavante de costas, e eu fiquei no banco e nem entrei, ali eu vi que realmente o Mano não gosta do meu trabalho. Sou atacante, vivo de gols, estou fazendo gols. Então, não sei mais o que ele quer. Mas eu respeito. Mas o que eu falei, enquanto o Mano estiver no comando da Seleção, eu não crio expectativa nenhuma para ir para Seleção”, disse Fred, em 2012.
Mano Menezes caiu na Seleção em novembro de 2012, poucos dias depois de conquistar o Superclássico das Américas sobre a Argentina. A decisão da cúpula da CBF foi polêmica e repercutiu negativamente. Felipão assumiu o comando do selecionado canarinho, voltando com Fred ao time: “Mano não gosta de centroavante. Nunca escondi que não me dava bem com ele”, disse Fred, em junho de 2013.
O curioso é que em 2012, no auge da polêmica, Mano voltou a chamar Fred para o Superclássico, e o atacante marcou o gol no tempo normal na derrota para a Argentina por 2 a 1. O centroavante também deixou sua marca na disputa de pênaltis.
Como se viu nesta temporada no Cruzeiro, Mano Menezes prefere um jogador com mais mobilidade no ataque. Ábila não vingou com o treinador, e o time celeste chegou a entrar em campo em várias oportunidades sem uma referência no ataque. Caberá a Fred mostrar que pode ser o definidor que faltou à Raposa em 2017.
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