Da estreia como jogador do Cruzeiro, em 5 de agosto de 2004, até a última partida, em 24 de agosto de 2005, Fred empolgou os torcedores com muitos gols. O repertório de 56 bolas na rede em 71 partidas contou com finalizações de dentro e fora da área, cobranças de falta e pênalti e até mesmo voleio. Porém, a grande fase do então garoto de 21 anos, joia da categoria de base do América, não foi suficiente para levar a Raposa a um troféu. O time foi vice-campeão mineiro e semifinalista da Copa do Brasil de 2005. Artilheiro dessas duas competições, Fred acabou vendido ao Lyon da França por 15 milhões de euros (R$ 43 milhões).

Dali, o centroavante continuou a trilhar um caminho recheado de gols. Em 2006, disputou a primeira Copa do Mundo pela Seleção Brasileira. Em 2009, trocou o futebol francês pelo Fluminense, do qual se tornou um dos maiores ídolos da história. Em 2016, acertou com o Atlético e conseguiu uma passagem de respeito, com duração de um ano e meio. Agora, aos 34 anos, ele retorna ao Cruzeiro com o objetivo de levantar a primeira taça pelo clube.

Para isso, o novo camisa 9 cruzeirense terá o apoio de velhos conhecidos. O armador Thiago Neves e o atacante Rafael Sobis foram companheiros de Fred no Fluminense campeão brasileiro de 2012. Naquela competição, o centroavante conseguiu a artilharia, com 20 gols. Os atletas do Flu eram orientados pelo técnico Abel Braga a jogarem em função do atacante. A estratégia “bola pro Fred, é gol” deu certo e foi responsável por quase um terço dos tentos tricolores (61).

Em 2018, Fred jogará Campeonato Mineiro, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Libertadores. Esses dois últimos torneios não constam em seu currículo de títulos. Especialmente na competição sul-americana, a motivação será grande para o jogador. O máximo alcançado por ele foram as quartas de final, em três participações pelo Fluminense (2011, 2012 e 2013). No ano que vem, a briga é pelo troféu, uma vez que o Cruzeiro ganhou pela última vez em 1997 e pretende encerrar o jejum. Os números individuais de Fred na Libertadores são: 26 jogos (14 vitórias, cinco empates e sete derrotas) e 14 gols.

Outro objetivo do centroavante é o gol 400 na carreira. Fred precisaria marcar 35 vezes em 2018 para conseguir esse feito. De acordo com os números de sua assessoria, o atacante balançou as redes em 365 oportunidades em 664 jogos. A média é de 0,55 gol por partida. Os gols do artilheiro estão divididos por América (34 G/57 J), Cruzeiro (56 G/71 J), Lyon-FRA (43 G/125 J), Fluminense (172 G/288 J), Atlético (42 G/83 J) e Seleção Brasileira (18 G/40 J).

Nos últimos quatro anos, Fred marcou mais de 20 gols por temporada: 27 G/46 J em 2014 (Fluminense), 22 G/42 J em 2015 (Fluminense), 23 G/50 J em 2016 (Fluminense/Atlético) e 30 G/55 J em 2017 (Atlético). Para se ter uma ideia, os últimos jogadores do Cruzeiro a superarem a barreira dos 20 gols num mesmo ano foram Marcelo Moreno e Ricardo Goulart, ambos em 2014. Enquanto o boliviano balançou as redes 24 vezes em 57 partidas, o meia atingiu os mesmos 24 tentos, mas em 55 apresentações.

Integrante da lista dos 40 maiores artilheiros de todos os tempos no Cruzeiro, Fred tem grande chance de dar um salto no ranking. Se alcançar 20 gols no próximo ano, pulará para o "Top 25". E ele terá tempo de sobra para isso, pois assinou contrato de três anos com o clube celeste menos de 24 horas depois de rescindir com o rival Atlético, que, por sua vez, cobrará uma multa de R$ 10 milhões imposta no encerramento do vínculo (clique aqui e entenda melhor esse caso).
.