O Cruzeiro tentará tirar uma carta da manga para manter Hudson no elenco de 2018. Uma das estratégias da nova diretoria é tentar envolver a participação nos direitos econômicos do atacante Lucca como parte do pagamento pelo volante. O clube celeste detém 25% do “passe” do jogador, que foi emprestado pelo Corinthians à Ponte Preta em 2017.
A alternativa de negócio veio à tona depois de suposto interesse de troca de jogadores entre São Paulo e Corinthians. O Tricolor cederia ao Timão o lateral-esquerdo Júnior Tavares e receberia Lucca. Tal situação foi negada nesta terça-feira por Roberto de Andrade, presidente do Corinthians, em entrevista coletiva.
“Não tem troca nenhuma envolvendo, não conversei com o Leco (presidente do São Paulo). O Lucca volta para o Corinthians e vamos ver o que faremos”.
Para ter sucesso nessa operação, o Cruzeiro terá de contar com um entendimento entre Corinthians e São Paulo. O Timão é detentor de 60% dos direitos de Lucca. A outra fatia, de 15%, pertence ao Criciúma.
Lucca fez bom Campeonato Brasileiro pela Ponte Preta, que acabou rebaixada à Série B na penúltima posição, com 39 pontos. Ele disputou 61 jogos e marcou 24 gols, sendo 13 na Série A (37 jogos). Segundo o site alemão Transfermarkt, o atacante de 27 anos está avaliado em 3 milhões de euros. Nesse cálculo, o percentual que cabe ao Cruzeiro custaria 750 mil euros, metade do que o clube celeste precisa pagar por 50% de Hudson (1,5 milhão de euros).
A expectativa de Itair Machado, vice-presidente de futebol do Cruzeiro, é acertar a permanência de Hudson até a terça-feira da outra semana. Com o jogador já está tudo certo para a assinatura de um contrato de três anos. Hudson, inclusive, já comunicou a Luciano Couto, seu empresário, o desejo de continuar em Belo Horizonte.
Hudson teve papel muito importante na conquista da Copa do Brasil ao marcar gols decisivos contra São Paulo (quarta fase) e Grêmio (semifinal), além de converter sua cobrança na disputa por pênaltis contra o Flamengo, na final (vitória por 5 a 3, no Mineirão). Ele teve bom papel no elenco comandado pelo técnico Mano Menezes, sobretudo pela força física e pelo bom posicionamento para efetuar desarmes. Em39 partidas na temporada, o volante marcou três gols, todos de cabeça.