“Lembro aos senhores que o futuro vice de futebol (Itair Machado) declarou que o Cruzeiro devia mais de 500 milhões. Depois, para o jornal O Tempo, diminuiu esse valor para 200 milhões. E um conselheiro acionado por eles fez uma representação pedindo a formação de uma comissão para apurar diversos fatos alegados na petição ao presidente do conselho”, disse.
“Fiz uma síntese daquilo que foi alegado para esclarecer aos senhores. Eles (conselheiros) falam, nas alegações, da dívida do Cruzeiro em ações na Fifa. O Cruzeiro foi sim acionado por clubes e agentes na Fifa. A soma daquilo que eles falam são mais de R$ 50 milhões. É verdade, existem essas reclamações, e o Cruzeiro buscou um advogado especialista na área. Esse advogado tem nos colocado muito tranquilos em relação aos fatos. Primeiro, não há possibilidade de o Cruzeiro ser rebaixado por causa dessas ações”, afirmou Gilvan, antes de dar detalhes sobre casos de Ramón Ábila, Duvier Riascos, Rafael Sobis e Matias Pisano.
Durante a entrevista, o presidente do Cruzeiro também se posicionou sobre a contratação do jovem uruguaio Gonzalo Latorre. Ele reiterou que a contratação foi uma espécie de condição para a contratação de Arrascaeta (leia mais informações aqui). Pela dupla, a Raposa é acusada de dever na Fifa um total de R$16.463.185,00. Gilvan não comentou as dívidas por Willian (dívida de R$ 3,79 milhões ao Club FC Zorya, da Ucrânia); Denílson (dívida de R$ 3.221.500,00 ao Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos) e Luis Caicedo (dívida de R$ 10.791.000,00 ao Independiente del Valle, do Equador).
Ramón Ábila
Sobre Ramón Ábila, Gilvan afirmou que não existe mais a dívida desde a negociação que levou o atacante argentino para o Boca Juniors. A transferência foi finalizada em julho deste ano. “Na relação de atletas está o Ramón Ábila. Todos sabem que o Ábila foi para o Boca Juniors, e o Cruzeiro fez o acerto com o Huracán. Isso implica na retirada dessa ação. Não existe dívida do Cruzeiro com o Huracán”, afirmou. De acordo com as informações, o Cruzeiro devia US$ 1 milhão (R$ 3,27 milhões) ao Huracán.
Duvier Riascos
O presidente esclareceu a compra de Riascos. De acordo com informações, o Cruzeiro deve US$ 1,145 milhão (R$ 3.744.150,00) ao Monarcas Morelia, do México. “O Riascos, no empréstimo que fizemos dele para o clube da Colômbia, ele retirou a denúncia que fez na Fifa. Não existe mais essa dívida”, garantiu Gilvan de Pinho Tavares. Em fevereiro de 2017, depois de longo imbróglio judicial, o atacante foi negociado com o Millonarios, da Colômbia.
Rafael Sobis
Ainda jogador do elenco do Cruzeiro, Rafael Sobis foi comprado ao Tigres, do México, em meados da temporada 2016. De acordo com os números da Fifa, a Raposa deve ao clube mexicano US$ 2 milhões (R$ 6,54 milhões). O clube celeste, porém, negocia a venda do camisa 7 ao Querétaro, também do México, e ficaria livre dessa dívida nas negociações. “No caso do Sobis, estamos fazendo essa negociação com um clube do México com a condição de que eles assumam o débito com o outro clube”, afirmou Gilvan. Ainda segundo ele, a negociação está a cargo da nova diretoria.
Matías Pisano
Matías Pisano, contratado pelo Cruzeiro em janeiro de 2016, foi outro jogador que teve a contratação explicada por Gilvan. O Independiente, da Argentina, cobra da Raposa, também na Fifa, o pagamento de US$ 550 mil (R$ 1.798.500,00) pela aquisição do jogador. “Trouxemos o Pisano porque o Cruzeiro tinha um jogador adquirido na gestão anterior, o Farías, que tinha um salário de 200 mil dólares e não conseguia jogar. Ele treinava separado. O técnico do Independiente pediu, nós cedemos, mas eles não pagaram os salários dele. O Cruzeiro ficou como responsável pelo pagamento. Para não ter que pagar tudo, fizemos um acordo com o Independiente. Ele nos passaram o Matías Pisano para cobrir o prejuízo. Não fomos atrás do jogador, ele veio para diminuir o prejuízo”, justificou, sem explicar o andamento da ação na Fifa.
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