O Cruzeiro recebeu há alguns dias uma proposta de seis milhões de euros (R$ 23 milhões) do Orlando City, dos Estados Unidos, por 50% dos direitos econômicos do meia-atacante Arrascaeta. O jogador recusou a oferta, contrariando o desejo do presidente Gilvan de Pinho Tavares.
Segundo apurou a reportagem do Superesportes, Gilvan se dispôs a vender Arrascaeta à agremiação norte-americana para fechar o caixa do Cruzeiro em 2017 e quitar alguns vencimentos que estão em atraso. Detentor de 30% dos direitos econômicos, o clube celeste ficaria com 3,6 milhões de euros – cerca de R$ 13,8 milhões.
O valor seria suficiente para cobrir uma folha salarial mensal do elenco ou poderia garantir as permanências do lateral-esquerdo Diogo Barbosa e do volante Hudson. Enquanto o primeiro já acertou com o Palmeiras, o segundo tem chances de continuar na Toca da Raposa II. O valor fixado por 50% dos direitos econômicos do meio-campista é de 1,5 milhão de euros.
Arrascaeta, por sua vez, argumentou que uma ida para os Estados Unidos não seria interessante na carreira em longo prazo. O objetivo do camisa 10 é disputar a Copa Libertadores de 2018 pelo Cruzeiro e a Copa do Mundo com a Seleção Uruguaia. Essas duas competições dariam ao jovem de 23 anos grande visibilidade para o mercado europeu.
Com contrato até dezembro de 2019, Arrascaeta é o segundo estrangeiro que mais atuou pelo Cruzeiro, com 138 partidas – está abaixo apenas do zagueiro argentino Roberto Perfumo, que fez 141 jogos de 1971 a 1974. O uruguaio contabiliza 34 gols e figura na quarta posição entre os gringos artilheiros.
Ação na Fifa
Em meio ao "não" de Arrascaeta à oferta dos Estados Unidos, o Cruzeiro continua sendo alvo do processo movido pelo Defensor do Uruguai na Fifa. O clube que revelou o jogador cobra da diretoria mineira 1,151 milhões de euros (mais de R$ 4,3 milhões) por causa de atraso no pagamento de parcelas pela compra do meia-atacante. Estão pendentes 15 prestações de 70 mil euros.
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