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Arrascaeta contraria desejo de Gilvan e recusa oferta dos EUA para deixar Cruzeiro

De olho em valorização em 2018, jogador uruguaio quer seguir no clube

Rafael Arruda
Orlando City, dos Estados Unidos, queria contratar Arrascaeta, mas jogador optou por seguir no Cruzeiro - Foto: Gladyston Rodrigues/EM D.A Press
O Cruzeiro recebeu há alguns dias uma proposta de seis milhões de euros (R$ 23 milhões) do Orlando City, dos Estados Unidos, por 50% dos direitos econômicos do meia-atacante Arrascaeta. O jogador recusou a oferta, contrariando o desejo do presidente Gilvan de Pinho Tavares.

Segundo apurou a reportagem do  Superesportes, Gilvan se dispôs a vender Arrascaeta à agremiação norte-americana para fechar o caixa do Cruzeiro em 2017 e quitar alguns vencimentos que estão em atraso. Detentor de 30% dos direitos econômicos, o clube celeste ficaria com 3,6 milhões de euros – cerca de R$ 13,8 milhões.

O valor seria suficiente para cobrir uma folha salarial mensal do elenco ou poderia garantir as permanências do lateral-esquerdo Diogo Barbosa e do volante Hudson. Enquanto o primeiro já acertou com o Palmeiras, o segundo tem chances de continuar na Toca da Raposa II. O valor fixado por 50% dos direitos econômicos do meio-campista é de 1,5 milhão de euros.

Arrascaeta, por sua vez, argumentou que uma ida para os Estados Unidos não seria interessante na carreira em longo prazo. O objetivo do camisa 10 é disputar a Copa Libertadores de 2018 pelo Cruzeiro e a Copa do Mundo com a Seleção Uruguaia. Essas duas competições dariam ao jovem de 23 anos grande visibilidade para o mercado europeu.

Com contrato até dezembro de 2019, Arrascaeta é o segundo estrangeiro que mais atuou pelo Cruzeiro, com 138 partidas – está abaixo apenas do zagueiro argentino Roberto Perfumo, que fez 141 jogos de 1971 a 1974. O uruguaio contabiliza 34 gols e figura na quarta posição entre os gringos artilheiros.

Ação  na  Fifa

Em meio ao "não" de Arrascaeta à oferta dos Estados Unidos, o Cruzeiro continua sendo alvo do processo movido pelo Defensor do Uruguai na Fifa.
O clube que revelou o jogador cobra da diretoria mineira 1,151 milhões de euros (mais de R$ 4,3 milhões) por causa de atraso no pagamento de parcelas pela compra do meia-atacante. Estão pendentes 15 prestações de 70 mil euros.
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