De Arrascaeta pode ser o 11º jogador do Cruzeiro a disputar uma Copa do Mundo

O Uruguai é um dos 32 países classificados para a disputa da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. O meio-campista Giorgian De Arrascaeta, do Cruzeiro, vem sendo convocado para a Seleção comandada por Óscar Tabárez e tem reais condições de ser mais um representante celeste em um Mundial. Seria a 11ª vez que um jogador da Raposa é requisitado para disputar a competição.

Arrascaeta teve destaque no ano de 2017, mesmo sofrendo com lesões no joelho direito e na tíbia ao longo da temporada. No Cruzeiro, o momento de maior impacto do camisa 10 foi na primeira partida da final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, no Maracanã, quando marcou o gol no empate por 1 a 1. O Cruzeiro se sagrou campeão do torneio ao ganhar o duelo de volta, no Mineirão, nos pênaltis: 5 a 3 (empate por 0 a 0 no tempo normal).

Pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018, o jogador atuou em apenas três das 18 partidas disputadas. As lesões ajudaram a diminuir seu número de convocações para a Celeste Olímpica, principalmente neste ano. Entretanto, nas convocações recentes, Arrascaeta foi lembrado pelo técnico Óscar Tabárez e atuou como titular nos últimos três confrontos: contra Bolívia, pelas Eliminatórias, e nos amistosos contra Polônia e Áustria.

O meia fez sua estreia pelo Seleção Uruguaia em 2014, ainda quando atuava pelo Defensor-URU, em amistoso contra a Coreia do Sul. Ele soma 12 partidas pela Celeste Olímpica, com um gol marcado. Camisa 10 também no Uruguai, o jogador pode formar o setor ofensivo com Cavani, do PSG, e Suárez, do Barcelona, caso continue se destacando e seja confirmado na lista de convocados de Tabárez para a Copa.

Um dos destaques do futebol brasileiro na época, o garoto Tostão, com 19 anos, foi convocado e atuou em duas partidas naquele Mundial, com um gol marcado. O Brasil, campeão da Copa de 1962, foi eliminado no Grupo 3 ao ganhar da Bulgária, por 2 a 0, e perder de Hungria e Portugal, ambos por 3 a 1.

A boa participação na Copa de 1966 e o período de destaque a serviço do Cruzeiro colocaram Tostão novamente no radar da Seleção Brasileira, em 1970. O técnico Zagallo colocou o meia-atacante para atuar como uma espécie de pivô, abrindo espaço para os avanços de Jairzinho, Rivellino e Pelé. Mesmo em função diferente, Tostão ganhou elogios da opinião pública e marcou dois gols na vitória por 4 a 2 sobre o Perú, nas quartas de final. O camisa 9 disputou todas as seis partidas da Seleção tricampeã mundial.

Volante de origem, Wilson Piazza foi convocado para a Copa de 1970 para atuar como zagueiro. Em um esquadrão considerado por muitos como o melhor de todos os tempos, o ex-camisa 5 cruzeirense ajudou a conquistar o terceiro título da mundial da Seleção Brasileira e figurou na seleção ideal da competição, formando dupla com ninguém menos que o alemão Franz Beckenbauer. Piazza atuou nas seis partidas do Mundial.

Mais experiente, Piazza disputou a Copa de 1974 como volante, sua posição de origem. Ele, porém, só atuou nas três primeiras partidas. Rivellino usou a braçadeira no restante da competição, que teve o Brasil como quarto colocado (perdeu para a Polônia a disputa do terceiro lugar por 1 a 0).

José de Anchieta Fontana era reserva imediato de Brito e Piazza no time tricampeão mundial. Ele disputou um jogo na Copa de 1970 - vitória por 3 a 2 sobre a Romênia, na última rodada do Grupo 3 - e sete com a camisa verde-amarela. O zagueiro esteve a serviço do Cruzeiro entre 1969 e 1972. Ele morreu precocemente aos 39 anos, em 1980, quando sofreu um ataque cardíaco durante uma partida de futebol com amigos.

Zagueiro de destaque no futebol sul-americano, Roberto Perfumo foi o capitão da Argentina em 1974. Atuou em quatro partidas naquele Mundial, com sua seleção terminando em sétimo lugar. Perfumo é o estrangeiro que mais vestiu a camisa do Cruzeiro, com 141 aparições entre 1971 e 1974. O ex-defensor faleceu aos 73 anos, em março de 2016.

O lateral-direito atuou apenas nas três primeiras partidas daquele Mundial e não se firmou como titular em 1974, quando o Brasil terminou a competição em quarto lugar.

Em 1978, Nelinho mostrou sua principal qualidade, que era o chute de longa distância. Um de seus dois gols na Copa foi marcado em finalização de fora da área, na disputa do terceiro lugar contra a Itália. O arremate do lateral-direito proporcionou um grande efeito na bola, fora do alcance do goleiro Dino Zoff. O Brasil ganhou por 2 a 1.

Ainda promessa do futebol brasileiro, Ronaldo despontava no Cruzeiro e foi convocado para a Copa de 1994 por Carlos Alberto Parreira. O então adolescente de 17 anos assistiu do banco de reservas à conquista do tetracampeonato da Seleção Brasileira. Depois do Mundial, o camisa 9 trocou o clube mineiro pelo PSV Eidhoven, da Holanda, por US$ 6 milhões. O resto da história todos já conhecem...

Destaque do Cruzeiro e herói do título da Libertadores de 1997, Dida continuou bem em 1998 e foi o terceiro goleiro de Zagallo na Copa do Mundo disputada na França. Não atuou na competição, já que a Seleção tinha Taffarel como titular e Carlos Germano como reserva imediato. O Brasil foi vice-campeão ao perder para os franceses por 3 a 0 na decisão.

Um dos atacantes reservas da Seleção Brasileira pentacampeã, Edílson atuou em quatro partidas naquele Mundial. O jogador foi convocado por Luiz Felipe Scolari após se destacar pelo Cruzeiro, pelo qual teve breve passagem no primeiro semestre de 2002 (20 jogos e 11 gols).

Sorín foi convocado por Marcelo Bielsa para jogar a Copa do Mundo de 2002 após se destacar pelo Cruzeiro e se transferir para o futebol italiano. A Lazio, no entanto, pagou apenas US$ 1,5 milhão dos 9,5 milhões combinados com a diretoria mineira. A transferência do lateral-esquerdo, portanto, transformou-se num empréstimo. No Mundial de 2002, a Argentina foi eliminada na primeira fase.

Mesmo atuando como meio-campista no Cruzeiro, Gilberto foi convocado por Dunga para o Mundial de 2010 como lateral-esquerdo, sendo o reserva imediato de Michel Bastos. Ele fez apenas duas partidas na competição, e o Brasil foi eliminado nas quartas de final ao perder de virada para a Holanda por 2 a 1.