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Lideranças do Cruzeiro repercutem saída de lateral Diogo Barbosa para o Palmeiras

Discurso é que clube precisa encontrar substituto à altura do lateral-esquerdo

Guilherme Macedo Rafael Arruda
Diogo Barbosa fez 60 jogos pelo Cruzeiro (foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press - 07.07.2017) - Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
Os 74 minutos em campo no jogo de domingo passado com o Avaí, no Mineirão, foram os últimos momentos de Diogo Barbosa pelo Cruzeiro. Nesta sexta-feira, o Palmeiras oficializou a contratação do jogador, que viajará a São Paulo para realizar exames médicos e assinar vínculo de cinco anos - até dezembro de 2022. Essa transferência ainda é assunto na Toca da Raposa II. Nesta sexta-feira, duas lideranças da equipe falaram a respeito da perda do camisa 6.

O técnico Mano Menezes lembrou quando observou Diogo Barbosa pela primeira vez. Foi na vitória do Cruzeiro sobre o Botafogo por 5 a 2, em 1º de setembro de 2016, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O lateral-esquerdo teve boa atuação, passou a ser monitorado pela comissão técnica cruzeirense no restante do ano e se tornou, em 2017, um dos grandes destaques do time, com dois gols e nove assistências em 60 partidas.

“É lógico que é uma perda considerável. É um jogador que achamos em um cinco a dois a favor lá na Ilha do Governador. Ele foi bem com a gente, evoluiu bem durante a temporada.
Mas, agora, ele vai para outro lugar”, declarou o comandante, que, em tom de brincadeira, garantiu que não se preocupa mais com Diogo e agora pensa em maneiras de preencher a lacuna. “Já o encontrei no corredor e não dei a mínima para ele. O futebol é rápido, né?! (risos) É assim. Agora temos que encontrar novos caminhos, e certamente encontraremos. O futebol é assim”.

Mano ainda revelou ter sido consultado pela diretoria do Cruzeiro antes de a venda de Diogo ao Palmeiras ser consumada. 

”Nós tínhamos uma situação que apontava para a necessidade da compra de 25% (dos direitos do jogador), e todo mundo sabe disso. Essa compra estava dentro do patamar razoável de realização, por isso eu estava otimista. Eu fui consultado e entendi perfeitamente o caminho que o clube escolheu para tomar. Não era do meu otimismo, mas era o da realidade do momento”.

Jogador de grupo

Recordista em número de jogos pela Raposa – 744 partidas –, o goleiro Fábio também lamentou a saída de Diogo, considerado por ele um atleta “excelente de grupo”. O veterano de 37 anos espera que a diretoria encontre um substituto que agregue ao grupo de maneira semelhante.

“É nítida a perda. Ele se adaptou muito bem e em pouco tempo à história do Cruzeiro. Ele vestiu muito bem a camisa, sabendo da responsabilidade que existia e da cobrança que ele receberia da imprensa e dos torcedores. Ele, em pouco tempo, tomou conta da posição, com respeito e com trabalho. É um jogador excelente de grupo.
A perda é muito grande, mas acontecem essas situações no futebol, como ocorreu após o bicampeonato brasileiro, quando saíram jogadores que eram fundamentais. E ele vai ser, com certeza, um jogador que vai deixar saudades. Agora é o momento de trilhar o nosso futuro dentro do que o nosso treinador vai querer para a próxima temporada e buscar jogadores que vão agregar como o Diogo agregou”.

Nos três últimos jogos do Cruzeiro no Brasileiro, Bryan será o dono da lateral esquerda – a começar pelo duelo com o Vitória, às 17h de domingo, no Barradão, pela 36ª rodada. Para 2018, no entanto, a diretoria buscará reforços. Um atleta indicado pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares é Egídio, que não renovará seu contrato com o Palmeiras. A gestão de Wagner Pires de Sá, entretanto, não confirma o interesse no jogador bicampeão nacional pela Raposa em 2013 e 2014.
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