Quando se preparava para entrar em campo nesta quarta-feira, Judivan já teve o nome gritado pela torcida. Aos 29min do segundo tempo, o camisa 14 deu seus primeiros passos em campo ao substituir Diogo Barbosa. Era o retorno depois de dois anos e cinco meses de cirurgias no joelho esquerdo, trabalhos de fisioterapia e incertezas com relação à continuidade no futebol. Num lance de esperteza aos 31min, o atacante conseguiu desarmar a defesa do Avaí e colocou Robinho na cara do gol. O árbitro Leandro Pedro Vuaden assinalou penalidade máxima após a dividida entre o meio-campista cruzeirense e o goleiro do Avaí. Na cobrança, Judivan bateu rasteiro e colocou a Raposa em vantagem. A vitória só não veio porque Júnior Dutra marcou nos acréscimos e fechou o placar em 2 a 2.
Mas o empate do Cruzeiro, que não tem tantas pretensões no Campeonato Brasileiro – já garantiu a vaga na Copa Libertadores de 2018 por intermédio do título da Copa do Brasil –, ficou em segundo plano. Pelo menos para Judivan, que, nessa circunstância, celebrou a conquista pessoal de poder fazer o que mais gosta: jogar futebol.
“Muito feliz.
O meia Thiago Neves, que seria o responsável por bater o pênalti, explicou os motivos de ter repassado a responsabilidade a Judivan. “Por tudo que ele passou. Foram dois anos de muita luta, quando voltou teve outra lesão. Então fico emocionado por ele ter voltado, e foi mais que justo deixar o pênalti para ele. Bateu bem e fez o gol. Ele merece”.
O técnico Mano Menezes também exaltou o retorno do atacante. “O jogo foi especial pela volta do Judivan, pela entrada dele em campo, pela marcação de um gol. Só de jogar alguns minutos já seria uma vitória. E hoje se abriu a possibilidade que eu disse que se abriria num jogo dentro de nossa casa”.
Judivan se machucou em 11 de junho de 2015, quando sofreu entrada violenta do zagueiro Maurício Lemos, no jogo entre Brasil e Uruguai pelo Mundial Sub-20.
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