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Vice eleito se revolta com Wagner e Perrella, articula aliança com Gilvan e registra chapa rival para eleição do Conselho

Eleição para associados efetivos e suplentes será realizada em 2 de dezembro

postado em 15/11/2017 13:48 / atualizado em 15/11/2017 14:06

Jaci Silveira/Cruzeiro/Divulgação
A fervura nos bastidores da política do Cruzeiro segue sem dar trégua. Nesta semana, revoltado com decisões de Wagner Pires de Sá e Zezé Perrella na montagem da chapa que disputará o quadro de associados para o triênio 2018-2020, em 2 de dezembro, o segundo vice-presidente eleito, Ronaldo Granata, articulou aliança com Gilvan de Pinho Tavares e registrou chapa para concorrer contra a coalizão formada por Pires de Sá e Perrella.

De acordo com Granata, que conversou com o Superesportes, a oficialização foi feita nessa terça-feira, na secretaria do Conselho.

“Quando decidimos apoiar o Zezé Perrella na presidência do Conselho Deliberativo, fechamos um acordo para preservar todos os conselheiros efetivos e suplentes. Esse era o acordo entre as chapas União e Tríplice Coroa. Esse acordo foi quebrado e estão tirando da chapa do Conselho pessoas que votaram em nós para a presidência. E estão colocando um tanto de sócios que nada tem a ver, que nem conselheiro era. Tomei a iniciativa dessa nova chapa por entender que preciso ser leal com quem votou em mim em 2 de outubro. Esse não pode ser descartado e estou fazendo isso para tentar defender esse conselheiro”, disse.

Perguntado se estava contra Wagner Pires de Sá, com quem trabalhará no próximo triênio, Granata confirmou. “Estou contra o presidente da minha chapa porque ele não está cumprindo com a palavra, com o que foi acordado, e isso eu não admito”, complementou o vice-presidente, que deverá assumir as novas funções em 1º de janeiro.


Nos bastidores, o que antigos aliados de Wagner analisam é que o presidente eleito nem sequer assumiu e já vive um isolamento político, o que poderá prejudicar a gestão no próximo triênio. Embora tenha evitado tornar pública a opinião, Hermínio Lemos, 1º vice eleito, também foi contra a decisão de tirar da chapa conselheiros que estão no clube há mais tempo.

Pires de Sá excluiria do quadro de associados, por exemplo, o ex-vice de futebol, Bruno Vicintin, e o atual superintendente das categorias de base, Antônio Assunção. Dono da Aethra, Pietro Sportelli seria mais um dos preteridos. Um dos maiores apoiadores da eleição de Wagner Pires de Sá, Alexandre Vassali também foi abandonado.
 
Com o imbróglio, a tendência é que o Cruzeiro tenha mais uma disputa política na eleição para associados efetivos e suplentes, que acontecerá em 2 de dezembro. Nesse pleito, os conselheiros definirão 220 associados efetivos e 110 suplentes. Candidatos que já assinaram ficha de filiação da chapa inscrita por Granata e Gilvan não podem tentar a eleição também através da chapa liderada por Wagner e Perrella.

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