Valentim foi um dos destaques da surpreendente campanha do Atlético-PR no Campeonato Brasileiro de 1996. O Furacão terminou a primeira fase na quarta posição, com 39 pontos. Nas quartas de final, o time paranaense acabou eliminado pelo Atlético: perdeu o jogo da ida por 3 a 1 e venceu a volta por 1 a 0.
Paulo Rink e Oséas eram os destaques daquele time do Atlético-PR, que 'revelou' Valentim. O bom desempenho levou o lateral ao São Paulo por empréstimo em 1997. No fim do ano, fechou um contrato de um jogo com o Cruzeiro, para disputar o Mundial de Clubes. Ele, contudo, não entrou em campo.
Para refrescar a memória do torcedor, é preciso lembrar que, após o título da Copa Libertadores, o técnico Paulo Autuori deixou o clube para a chegada de Nelsinho Baptista.
Diante desse cenário, a estratégia encontrada pelo então presidente Zezé Perrella, em comum acordo com o técnico Nelsinho, foi a contratação de jogadores de impacto para o Mundial. Os atacantes Bebeto e Donizete 'Pantera' e o zagueiro Gonçalves chegaram a Belo Horizonte vinte dias antes da decisão e fizeram apenas um jogo oficial com a camisa do clube, justamente a decisão contra o Borussia Dortmund da Alemanha.
O único dos contratados que não jogou foi Valentim, que nem chegou a estrear pelo Cruzeiro. Segundo contam ex-jogadores, o lateral Vitor impôs a escalação dele.
“Foi a história da imposição do Vitor. Tem muita história em cima do Mundial. Se você olhar o time do Cruzeiro, eram muitos jogadores importantes. E o Vitor, quando viu o Gottardo ficando de lado, disse o seguinte: 'Para cima de mim não, eu estou aqui há um tempão, roí o osso na Libertadores. E de alguma forma eu vou jogar'. E acabou jogando. O Gottardo preferiu ser mais reservado e acabou nem viajando. Existem um milhão de histórias sobre os bastidores do Mundial, e o grupo realmente rachou. Quando eu ouço as histórias em BH, na minha despedida juntamos 90 jogadores, o Cruzeiro realmente trabalhou errado”, disse o ex-armador Alex, na participação do programa Resenha, em março deste ano.
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