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Itair Machado descarta ceder à pressão, critica opositores e promete Cruzeiro forte

Dirigente falou sobre os planos da diretoria para a temporada 2018

postado em 05/10/2017 16:00 / atualizado em 05/10/2017 16:16

Beto Magalhães / EM DA PRESS

Itair Machado será o homem forte do futebol do Cruzeiro em 2018. Em entrevista ao Superesportes, ele disse que está preparado para o desafio, descartou ceder à pressão de parte da torcida que desaprova o nome dele e cravou que vai propor ao técnico Mano Menezes um novo desafio, para tentar convencê-lo a ficar. Itair também comentou sobre os bastidores agitados da política do clube e diz que está sendo perseguido por uma “milícia digital da oposição”.

Qual será seu cargo no Cruzeiro?

O Wagner Pires de Sá me convidou para ser gestor do futebol. Eu seria o gestor, mas como o vice de futebol (Bruno Vicintin) deixou o clube, assumirei a vice-presidência de futebol. A nossa intenção é manter o máximo possível da estrutura do futebol do Cruzeiro.

Tinga, Klauss Câmara e Mano, qual o pensamento para 2018?

Eu já conversei com o Tinga e com o auxiliar técnico Sidnei Lobo - não conversei com o Mano ainda porque ele está se recuperando de um tratamento. Já demonstrei a eles minha intenção de mantê-los. Ainda não marquei reunião com o Mano, porque estava esperando ser nomeado pelo Wagner e, agora, vamos agilizar isso. Tinga vai se reunir com a esposa dele para decidir o futuro. Considero o Tinga o melhor gerente e quero que ele fique. Quanto ao Klauss, ainda vou encontrar com ele.

Nas redes sociais, existe uma rejeição a você. Como o senhor recebe isso?


Primeiramente, essa rejeição foi alimentada por um grupo político do Cruzeiro que  contratou uma milícia digital para poder falar mal de mim. Sei que há pessoas que não gostam de mim, ninguém agrada todo mundo. Mas eu tenho muita aprovação. Fiz bons trabalhos no Ipatinga, fui eleito o dirigente do ano duas vezes pela Itatiaia, no troféu Guará. Fundei um time na última divisão do Mineiro e levei à Série A do Campeonato Brasileiro. Que dirigente já fez isso? Tenho minhas qualidades.

Mas a pressão da torcida pode impedir que o senhor assuma o cargo?

Quem não quer pressão não pode trabalhar com futebol, tem que fazer outra coisa. Eu vou reverter e demonstrar minhas qualidades. Sou cruzeirense fanático também, sempre fui, quero o melhor para o clube. Eu já sou o homem forte do futebol do Cruzeiro, tenho um currículo longo. Já estamos planejando tudo, trabalhando muito. Vamos passar tranquilidade para os jogadores e a comissão técnica. O Cruzeiro será ainda mais forte em 2018.

Essa agitação política pode prejudicar o Cruzeiro?

Infelizmente, muita gente está querendo me prejudicar, fazendo um trabalho sujo, me perseguindo. Fui o coordenador da campanha do Wagner e estão tentado me desqualificar. Mas temos que pensar na instituição, no clube. É hora de tentar pacificar o Cruzeiro. E isso não cabe a mim. O Wagner tem experiência e sabedoria para fazer isso. Fomos eleitos pela maioria dos conselheiros e vamos trabalhar com eles.

Qual o pensamento para o futebol, já que ano que vem o Cruzeiro estará na Libertadores?

A nossa prioridade é renovar com o Mano Menezes. Vamos tentar convencê-lo a ficar. Depois da resposta dele, vamos agir no mercado. Mas estamos estudando, temos alguns reforços em vista. Tudo depende da renovação dele. Mano que vai dar o aval.

Mas apuramos que o Mano quer um novo desafio na carreira e deve deixar o Cruzeiro.

Eu vou propor um desafio ainda maior para ele. Queremos conquistar a Libertadores, o Mundial, pensamos grande. Vou motivá-lo a ficar. Temos grandes planos. E, para dirigir o maior clube do Brasil, quero o melhor técnico, que é o Mano Menezes.

Zezé Perrella falou que o Cruzeiro está sem comando. O que você pensa?

Discordo. Tanto tem comando que o Cruzeiro ganhou a Copa do Brasil. O Gilvan fez ótimas administrações. O clube ganhou dois Brasileiros e uma Copa do Brasil, então queremos seguir este caminho de conquistas, seguir ganhando títulos importantes.

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