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CRUZEIRO

Wagner Pires de Sá, candidato da situação, é eleito presidente do Cruzeiro para o próximo triênio

Apoiado por presidente Gilvan de Pinho Tavares, economista e empresário, de 76 anos, supera advogado Sérgio Santos Rodrigues em eleição no clube celeste

Tiago Mattar Guilherme Macedo Rafael Arruda
Wagner Pires de Sá superou Sérgio Rodrigues e foi eleito presidente do Cruzeiro com 235 votos a 200 - Foto: Ramon Lisboa/EM D.A Press
Wagner Antônio Pires de Sá será o presidente do Cruzeiro no triênio 2018/2019/2020. Apoiado pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares, o economista e empresário do ramo de indústria química superou o advogado Sérgio Santos Rodrigues por 235 votos a 200, em eleição realizada nesta segunda-feira, no salão nobre do parque esportivo do clube, no Barro Preto, em Belo Horizonte. Hermínio Lemos – atual superintendente administrativo de futebol de base – e Ronaldo Granata serão, respectivamente, 1º e 2º vice-presidentes. Eles tomarão posse em 31 de dezembro.

A participação do conselho deliberativo no pleito foi positiva. Dos 465 integrantes com direito a voto, 444 compareceram ao parque esportivo. No entanto, houve uma pequena divergência entre o número de votantes e a quantidade de cédulas depositadas nas urnas. Os responsáveis por conduzir a eleição consideraram 442 votos válidos (95% do quadro de conselheiros).

A vitória de Wagner Pires sobre Sérgio Santos foi apertada. Como comparação, nas disputas anteriores o candidato da situação ganhou com tranquilidade.
Em 2011, Gilvan de Pinho Tavares recebeu 391 votos, contra 48 do radialista Alberto Rodrigues. Em 2008, Zezé Perrella recebeu 375 votos, enquanto Márcio Rodrigues obteve apenas 49. Em 2005 – numa eleição aberta para os associados dos parques aquáticos –, Alvimar Perrella venceu Fernando Torquetti por 2.520 votos a 753. Em 2002, Alvimar superou César Masci: 293 a 43.

Assista ao momento em que é definida a vitória de Wagner Pires de Sá


Forte apoio da atual diretoria

Desde que foi lançado por Gilvan de Pinho Tavares como candidato da situação, Wagner Pires de Sá recebeu apoio de outras grandes lideranças da atual diretoria. A começar por José Francisco Lemos, primeiro vice-presidente estatutário da atual gestão, que vive o ambiente político do Cruzeiro há mais de 70 anos. O vice-presidente de futebol Bruno Vicintin foi outro grande incentivador do presidente eleito.

Em pronunciamento depois do resultado da eleição, o sucessor de Gilvan agradeceu a todos que lhe ajudaram a ganhar a disputa. “Boa noite, meus amigos, conselheiros, mesa apuradora, a todos que contribuíram para a minha vitória: doutor Gilvan de Pinho Tavares, doutor Lemos, Marcio Rodrigues, (outros nomes citados). Todos! Tenho medo de não falar algum nome pois são muitos. Obrigado,  imprensa. O que posso falar com vocês é que o Cruzeiro é um só. Amanhã, nós todos, Chapa União e Chapa Tríplice Coroa estarão juntas. O que nós desejamos é engrandecimento dessa grande nação, nove milhões de torcedores. Vou precisar muito mais de vocês conselheiros, associados, torcedores. Espero que estejam todos comigo.
Vocês me deram a presidência, agora espero que me dêem o conselho”. 


Mais cedo, em rápida declaração quando os conselheiros ainda votavam, Wagner havia dito que o objetivo era dar continuidade à gestão de Gilvan, que, em seis anos de clube, ganhou um Campeonato Mineiro (2014), duas edições do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014) e uma da Copa do Brasil (2017).

“Todo o trabalho do Gilvan foi compensado inclusive com essa belíssima vitória da Copa do Brasil. O único que ganhou dois Campeonatos Brasileiros seguidos. Se eu continuar o que ele está fazendo, mostra a grandeza do Cruzeiro e que cada vez mais nós estamos juntos, independentemente de ser o Gilvan, Wagner, somos nós conselheiros. É toda essa nação de 9 milhões de conselheiros. Nosso compromisso é com essa grande nação”.

Desafios

Wagner assumirá o time em um ano muito importante. Campeão da Copa do Brasil de 2017, o Cruzeiro está garantido na fase de grupos da Copa Libertadores, torneio que não conquista desde 1997. Para ter sucesso, investir alto no elenco será fundamental, conforme indicado pelo próprio técnico Mano Menezes, que tem contrato até dezembro e certamente será procurado para renovar com o clube.

Além disso, o novo gestor do clube terá de negociar a compra de mais 25% dos direitos econômicos de Diogo Barbosa ao BMG (caso o negócio seja realizado, o contrato que vencerá em dezembro de 2018 é renovado por mais três anos) e a prorrogação do vínculo com o goleiro Fábio (julho de 2018). A aquisição da metade dos direitos de Hudson (1,5 milhão de euros), cujo prazo é até 31 de dezembro, ainda caberá a Gilvan de Pinho Tavares.

Eleição em números

Wagner Pires de Sá (chapa União): 235
Sérgio Santos Rodrigues (chapa Tríplice Coroa): 200
Brancos: 5
Nulos: 5

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