O evento Reduto Cruzeiro Brahma, programado para esta quarta-feira, a partir das 19h45, na região da Savassi, em Belo Horizonte, foi interditado pelo Corpo de Bombeiros e acabou sendo cancelado. De acordo com a corporação, a organizadora Nenety Eventos não apresentou projeto de evento temporário.
Mais de 30 mil pessoas haviam confirmado presença no Reduto Cruzeiro por meio de retirada de ingressos pelo site do clube e da empresa Nenety Eventos.
Além de exibir a decisão da Copa do Brasil, entre Cruzeiro e Flamengo, a festa contaria com show sertanejo em trio elétrico e food trucks. Logo depois do anúncio da interdição, por volta das 19h30, a estrutura começou a ser desmontada.
O tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros, explicou a interdição do evento na Savassi. “Os organizadores do evento, a Nenety Eventos, não entraram com projeto de evento temporário, então descumpriram legislação estadual, e além de não terem entrado com projeto de evento temporário, não existem medidas preventivas instaladas no local. É local que apresenta delimiatação de espaço por gradil, telões, uma acumulação de público de 30 mil pessoas, segundo os organizadores do evento, a questão da troca de ingressos, e não existe condição segura para esse evento acontecer. Esse evento passou pela Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Culturais (COMOVEEC), da PBH, que integra o Corpo de Bombeiros, a PM e outros órgãos de segurança pública, a recomendação do Corpo de Bombeiros é que esse evento não aconteça e esse evento foi interditado, a interdição está mantida, e não vai acontecer porque não atende os requisitos básicos”.
Ainda de acordo com o tenente, a Nenety Eventos, empresa organizadora, tomou conhecimento da interdição às 15h30 e não tomou providências para informar o público do cancelamento da festa. “O evento foi interditado embasado no item 6.1.6, da instrução técnica 33 do Corpo de Bombeiros, e uma informação muito importante: os responsáveis pela organização do evento foram notificados da interdição às 15h30 do dia de hoje, e como obrigação pela legislação do Corpo de Bombeiros, os organizadores do evento são obrigados a informar os espectadores que o evento estava interditado, coisa que os organizadores não fizeram. Todo esse transtorno é provocado por uma falta de notificação dos organizadores. A gente já informou da interdição à PM e, tendo qualquer desdobramento, vamos soltar uma nota oficial”.
Ouça a explicação do tenente Pedro Aihara na íntegra:
Ouça a explicação do tenente Pedro Aihara na íntegra:
O coronel Erlon Botelho, dos Bombeiros, também se pronunciou sobre a interdição:
Em contato com a reportagem, Nenety, proprietário da empresa, explicou que a interdição ocorreu porque a festa é ligada a um time de futebol, o que seria proibido na região. Essa versão foi desmentida pelo Corpo de Bombeiros.
No fim da noite, em nota, a empresa se posicionou. "Por meio de nota, a Nenety Eventos, responsável pelo evento, informou que ficou surpresa com o cancelamento, “pois todas as determinações estipuladas pelos órgãos públicos na reunião realizada na COMOVEC, no dia 25 de setembro, foram cumpridas”. “Ficou acertado que, caso o evento cumprisse com as normas de segurança do Corpo de Bombeiros e não fosse constatado risco eminente, o evento poderia ocorrer. Ficou acertado ainda que seria realizada a vistoria do Corpo de Bombeiros para verificar se as normas de segurança foram cumpridas”, informou.
No fim da noite, em nota, a empresa se posicionou. "Por meio de nota, a Nenety Eventos, responsável pelo evento, informou que ficou surpresa com o cancelamento, “pois todas as determinações estipuladas pelos órgãos públicos na reunião realizada na COMOVEC, no dia 25 de setembro, foram cumpridas”. “Ficou acertado que, caso o evento cumprisse com as normas de segurança do Corpo de Bombeiros e não fosse constatado risco eminente, o evento poderia ocorrer. Ficou acertado ainda que seria realizada a vistoria do Corpo de Bombeiros para verificar se as normas de segurança foram cumpridas”, informou.
Ainda segundo a empresa, o Corpo de Bombeiros chegou apenas uma hora antes do início do evento. “O Corpo de Bombeiros chegou ao local não para a vistoria, que não havia sido realizada previamente, mas sim para embargar e, de acordo com os oficiais, eles estariam cumprindo ordens de superiores. Ambulâncias, brigadistas e segurança privada, exigidos pelo Corpo de Bombeiros na reunião da COMOVEC, foram contratados”.
O Reduto Cruzeiro Brahma ocorreria na Avenida Getúlio Vargas, entre Avenida Cristóvão Colombo e Rua Rio Grande do Norte.
Após a confirmação do cancelamento da festa na Savassi, muitos torcedores correram em busca de um lugar para ver o jogo. Houve problemas com o trânsito e os torcedores celestes sofreram com o engarrafamento. "Cancelaram de última hora, sem dar a menor satisfação para as pessoas. E muita gente se programa para o evento. Agora é procurar algum bar para não perder o início do jogo", reclamou Jorge Augusto.
Os amigos Alexandre Medeiros, Tarcísio Carregal e Alessandra Ribeiro vieram de Santa Luzia para acompanhar o jogo do Cruzeiro na Savassi e tiveram os planos frustrados com o cancelamento a poucas horas do jogo. "Viemos de longe para participar da festa e somos avisados que não tem um alvará para realizar a festa. Não se importam com quem veio de longe para ver o jogo aqui. Ridículo", disparou Tarcísio. Com muitos bares fechados na região da Savassi, muitos torcedores celestes procuraram lugar nos bares do Sion e do Anchieta.
A poucos quarteirões da praça da Savassi, cerca de 50 torcedores do Flamengo, da torcida FLA Gerais, se reuniram para assistir ao jogo. A torcida organizada, que mistura cariocas que moram em Minas e flamenguistas de BH, combinou desde a semana passada de acompanhar o jogo no alto da Avenida Afonso Pena, esquina com a rua Santa Rita Durão. "Sou de Ipatinga e moro em BH há 6 anos. O Flamengo é paixão de criança, que veio dos meus pais e dos meus tios. Reunir com outros rubro-negros para ver o jogo juntos é fantástico", conta Flávio Borges.
A poucos quarteirões da praça da Savassi, cerca de 50 torcedores do Flamengo, da torcida FLA Gerais, se reuniram para assistir ao jogo. A torcida organizada, que mistura cariocas que moram em Minas e flamenguistas de BH, combinou desde a semana passada de acompanhar o jogo no alto da Avenida Afonso Pena, esquina com a rua Santa Rita Durão. "Sou de Ipatinga e moro em BH há 6 anos. O Flamengo é paixão de criança, que veio dos meus pais e dos meus tios. Reunir com outros rubro-negros para ver o jogo juntos é fantástico", conta Flávio Borges.
Com informações de Ivan Drummond