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CRUZEIRO

Questionado sobre jejum pessoal de títulos, Mano Menezes mostra confiança em final: 'Se faz tempo, é porque chegou a hora'

Último troféu do comandante foi justamente o da Copa do Brasil, em 2009, quando treinava o Corinthians. Seca pode chegar ao fim nesta quarta-feira

Tiago Mattar Guilherme Macedo Rafael Arruda
Há oito anos sem ser campeão, Mano Menezes disse que 'o título é a coroação de um trabalho' - Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
Finalista da Copa do Brasil, o Cruzeiro tentará vencer o Flamengo nesta quarta-feira, às 21h45, no Mineirão, para encerrar jejum de quase três anos sem títulos. A última taça erguida foi a do Campeonato Brasileiro de 2014. No caso de Mano Menezes, a seca é ainda maior. O treinador não é campeão desde 2009, quando conquistou a serviço do Corinthians justamente o torneio nacional de mata-mata.

Questionado sobre o período sem conquistas, Mano disse que “chegou a hora” de voltar a levantar um troféu.

“O título é a coroação de um trabalho. Você pode fazer bons trabalhos, mas o título é o coroamento de tudo isso. Quando você conquista, e aqui no Brasil é muito difícil, o valor disso é extremamente positivo. Se faz tempo (que conquistei), é porque chegou a hora”. 

A obsessão do treinador pela Copa do Brasil é tão grande que os R$ 6 milhões em premiação (valor pago pela CBF) são colocados em segundo plano.

Com Ronaldo Fenômeno, Corinthians de Mano Menezes ganhou a Copa do Brasil de 2009 - Foto: AFP PHOTO/Jefferson BERNARDES“Vale tanto que é a primeira vez que ouvi R$ 6 milhões foi agora. A conquista em termos profissionais vale mais do que qualquer valor financeiro.
Essa é a ordem das coisas. Futebol foi feito para se vencer, clubes grandes foram criados para conquistar títulos. Temos possibilidade bem na nossa frente. Queremos agarrar elas para sair feliz”.

Para Mano Menezes, em jogos importantes como o desta quarta-feira não há necessidade de “trabalho especial” de motivação.
 
“Um jogo como esse não precisa trabalhar motivação. Os jogadores estão imensamente motivados. Precisamos regular essa emoção, essa tensão, para não passar do ponto e ultrapassar a razão dos fatos. Entender o jogo, saber como se comportar e solucionar as questões que o jogo apresentar”.

Ao longo da competição, o Cruzeiro passou por Volta Redonda, São Francisco-PA, Murici-AL, São Paulo, Chapecoense, Palmeiras e Grêmio. O jogo de ida contra o Flamengo na final terminou empatado por 1 a 1, no Maracanã. Assim, falta apenas o último passo para a Raposa rumo à glória e ao pentacampeonato.
 
“Chegamos bem. Chegamos como queria. Crescemos durante o ano, aprendemos com nossos erros, acreditamos nas nossas conquistas que foram de degrau em degrau. A Copa do Brasil é propícia para isso. Chegamos como queríamos.
Agora temos que fazer, no último dia, aquilo que é necessário para conquistar um título. Não podemos viver do que fizemos até agora. A final é diferente pela grandeza, pela importância do que se está jogando”, encerrou Mano.



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