Para celebrar os 120 anos de BH, o Superesportes/Estado de Minas reuniu três torcedoras que transformaram as camisas de América, Atlético e Cruzeiro em segunda pele. Zuleine Epiphanio Garcia Leão, a dona Zuzu, de 82 anos, cruza o país de ônibus e avião onde o Coelho estiver. Ana Cândida de Oliveira Marques, de 97, a Vovó do Galo, se tornou um xodó e amuleto da torcida alvinegra.
Salomé nasceu na zona rural de Bom Despacho e mudou-se para Belo Horizonte em 1958, para trabalhar em casas de família. A paixão pelo Cruzeiro veio com o marido, que jogava em um time amador em Bom Despacho cujo as cores eram azul e branco. Ao longo das décadas, o laço com o Cruzeiro foi ficando mais forte, com os primeiros títulos no Mineirão.
“Dia de jogo do Cruzeiro, eu nem consigo comer direito, perco a fome, perco o sono. Eu sofro por causa do time, mas ele me dá só alegria”, conta Salomé, Hoje, gabando-se de ter faltado a apenas 22 jogos no Mineirão, um no Independência e um em Sete Lagoas.
Desde a década de 1990, Salomé é funcionária do Cruzeiro, trabalhando como faxineira no clube do Barro Preto. Em dia de jogos, sai do trabalho direto para o Mineirão e encara dois ônibus de volta para casa, chegando em Contagem por volta de 2h. “Sou apaixonada pelo Cruzeiro e é o time que me mantém firme".