Os bons resultados obtidos pelo Cruzeiro recentemente, como a classificação à decisão da Copa do Brasil e o primeiro jogo da final, tiveram participação decisiva do goleiro Fábio. Prestes a completar 37 anos, em 30 de setembro, ele vem mostrando que está em ótima forma, como nos 2 a 1 diante da Chapecoense, domingo, no Oeste catarinense, quando fez aos menos três grandes defesas.
A boa fase ocorre um ano depois de um dos momentos mais delicados da carreira, pois em agosto do ano passado o camisa 1 teve de se submeter a cirurgia no joelho direito, só voltando a atuar no início de 2017. Ainda assim, amargou a reserva de Rafael, só recuperando a titularidade em maio, quando teve início o Campeonato Brasileiro. De lá para cá, cresceu bastante de produção, tendo sido fundamental em vários resultados positivos obtidos pela Raposa. Como sempre, a torcida idolatra o goleiro, que tem contrato com o clube do Barro Preto até julho do ano que vem.
“O Fábio é muito dedicado, comprometido. Ele superou a cirurgia e entrou em forma de maneira espetacular. Em nenhum momento se abateu, desanimou. E está colhendo os frutos”, afirma o preparador de goleiros Robertinho, provavelmente um dos profissionais que mais convive com o camisa 1. “O Fábio merece todo o bom momento que está vivendo. Ele é uma peça superimportante para o time, passa segurança aos companheiros e vem mostrando isso nos jogos. E vamos continuar trabalhando para que a boa performance seja mantida.”
As boas atuações também trouxeram de volta os pedidos para que Fábio seja convocado para a Seleção Brasileira. Ele já teve algumas passagens pelo time Canarinho, mas nunca conseguiu entrar em campo com a camisa do Brasil, ao contrário do que ocorreu nas categorias de base, quando era titular. O técnico Tite está atento. Mas não garante que o cruzeirense será chamado – a próxima lista deve sair na sexta-feira, para os dois últimos jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia’2018, contra Bolívia e Chile, dias 5 e 10 de outubro.
Pesa contra Fábio o pouco tempo para trabalhar e também o fato de os concorrentes estarem à frente no momento. “Se eu tivesse um maior tempo até a Copa, eu colocaria para jogar o Vanderlei, o Weverton, o Diego Alves, também o Fábio, do Cruzeiro, que está retomando um grande momento. Mas o tempo me tira isso. Não dá para agradar todo mundo, infelizmente”, afirmou o treinador da Seleção, na semana passada.
Se tem o reconhecimento do atual comandante, mas não a convocação, o camisa 1 do Cruzeiro não conseguiu jogar quando chamado. Em 2004, quando ainda defendia o Vasco, ficou na reserva de Júlio César na campanha vitoriosa na Copa América do Peru. Na oportunidade, Carlos Alberto Parreira deixou de fora alguns dos principais atletas, como o goleiro Dida.
A última vez que foi chamado foi em 2011, curiosamente por Mano Menezes, atual técnico celeste. Na oportunidade, também atravessava excelente fase, mas novamente foi reserva de Júlio César contra a Holanda, em Goiânia, e viu o hoje atleticano Victor ser titular contra a Romênia, em amistoso realizado em São Paulo.
Novos desafios
Se a Seleção pode estar longe, a necessidade de boas atuações para ajudar o Cruzeiro é palpável. O principal objetivo no momento é mesmo a conquista do título da Copa do Brasil – houve empate por 1 a 1 no jogo de ida com o Flamengo, quinta-feira passada, no Maracanã, e a última partida está marcada para o dia 27, no Mineirão. Antes, porém, o time celeste tem importantes compromissos pelo Brasileiro, a começar o diante do Bahia, domingo, às 17h, no Mineirão, pela 24ª rodada.
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Se a Seleção pode estar longe, a necessidade de boas atuações para ajudar o Cruzeiro é palpável. O principal objetivo no momento é mesmo a conquista do título da Copa do Brasil – houve empate por 1 a 1 no jogo de ida com o Flamengo, quinta-feira passada, no Maracanã, e a última partida está marcada para o dia 27, no Mineirão.